Rachel Pinto
Durante participação no Programa Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (3), a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Feira de Santana (APLB), a professora Marlede Oliveira, respondeu às declarações dadas ontem (2), também no programa, pelo prefeito Colbert Martins de que o sindicato é uma entidade partidária e que não vai mais conversar com a APLB.
Marlede frisou que o prefeito vem massacrando os professores, cortando salários em até 70% e que ele não pode tirar o direito da categoria se manifestar. Ela informou que o movimento “Fora Colbert”, é uma forma de protesto contra o desrespeito do gestor com a categoria e simboliza o direito de expressão da classe.
“Vamos continuar na luta e da mesma forma que ele foi eleito para governar a cidade para todos eu também fui eleita pela categoria para presidir o sindicato. A vida é política, nós buscamos o diálogo, mas Colbert é uma pessoa difícil. Ele não pode nos calar, nem nos impedir de manifestar. As ruas são do povo e vamos manifestar o nosso direito”, afirmou.
A professora relembrou também o episódio do dia 14 de setembro quando, em manifestação em frente a Secretaria de Educação, os professores e uma criança , filha de uma professora, foram atacados com spray de pimenta. Segundo Marlede, o responsável pelo ataque tem ligação com a Secretaria de Prevenção à Violência (Seprev) e o caso está sendo investigado pela polícia.
A sindicalista também relatou que além dos salários cortados, a prefeitura, deu apenas durante a pandemia um kit de merenda escolar aos alunos, não ofereceu apoio para as aulas remotas e que na Secretaria de Educação não há com quem conversar.
“A gente quer o nosso salário de volta. A luta vai continuar. Os professores estão sendo massacrados”, concluiu.
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