Orisa Gomes
Retomada das aulas presenciais com número de estudantes reduzido e condições para o aprendizado remoto, expansão do BRT, construção de ciclovias e revitalização de lagoas são algumas das propostas de governo apresentada pelo prefeito Colbert Martins (MDB). Ele foi o sétimo candidato entrevistado pelo Acorda Cidade, em participação nesta quarta-feira (21).
Ao ser questionado sobre a construção do hospital municipal, principal promessa dos candidatos opositores, o prefeito ressaltou que “abrir não é problema, porque qualquer um constrói, mas a manutenção é que é complexa”, dando a entender que a ideia não está nos planos dele. E completou: “O que nós queremos focar é na pessoa”.
Médico concursado da Secretaria de Saúde do Estado e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Colbert Foi deputado estadual de um mandato e, em seguida, federal por quatro mandatos de suplência.
A experiência, segundo ele, o permitiu ganhar um nível de conhecimento e preparo para gerenciar Feira de Santana e o fato de ser médico o ajudou na lida com a pandemia do coronavírus.
“Fui desafiado logo no início. Acho que Deus me colocou no momento certo, no lugar certo, porque, modéstia parte, tenho conhecimento nessa área, minha formação na Universidade é na área de epidemiologia, então estudei muito essas questões e pude aplicar parte do que eu conheço, parte do que eu conheci neste momento desafiador, não só para Feira, mas como para todo o mundo”, afirmou.
Colbert relata que desde o início foram tomados os cuidados para poder fazer a identificação dos casos, para avançar na prevenção e quando isso já não mostrou que segurava as questões de saúde, foi entregue o Hospital de Campanha. Ele ressaltou que o Hospital de Campanha é mantido com recursos do governo federal. Cerca R$ 3 milhões por mês. O desafio agora, segundo o prefeito, é conseguir reativar os leitos de UTI que foram desativados, após a redução de casos da doença.
“Ontem mesmo fiz vários contatos com o ministério a respeito desse assunto. De qualquer maneira, independente do que seja, Feira banca dois leitos de UTI a mais e bancará tudo que for necessário, em razão de salvar vidas”, frisou.
Com o propósito de valorização da vida, ele ressalta que manteve os órgãos municipais abertos, no ponto de vista das atenções na área da saúde, as policlínicas, as UPAS, atendendo em toda a nossa cidade. O prefeito aproveitou para lembrar que a pandemia continua e que a população não deve relaxar e ressaltou que 71% dos leitos de UTI pediátrica na Bahia estavam ocupados nessa semana passada.
Ainda sobre assunto, frisou que o ponto que ele considera principal referente a educação, neste momento, é a volta às aulas, com número de alunos reduzidos. Leia a entrevista na íntegra.
Acorda Cidade – Qual o plano de governo do senhor para Feira de Santana?
Colbert Martins – O Ideb de Feira continua abaixo de cinco e quem tem nota cinco a gente sabe que é reprovado. Feira de Santana precisa avançar. Tem muitas escolas no município com nota acima de cinco no Ideb, sim. Mas, na média, não alcançamos esse resultado e precisamos fazer como Itatim, que tem sete; como Sobral, que tem nove, para poder aumentar na qualidade que nós precisamos transmitir aos nossos alunos.
Feira de Santana nunca atrasou um pagamento com seus professores e deu todos os seus reajustes, todos os reajustes que o governo do estado não deu nos últimos anos. Feira de Santana cumpriu isso de forma integral. A qualidade das nossas escolas é muito boa. Vamos colocar ar-condicionado em todas as escolas a partir de agora. Houve um atraso por conta desse período de covid, no qual até para se comprar equipamento, as coisas não foram fáceis. Portanto, a educação para nós é uma questão importante, porque o reflexo desse ano pode acontecer daqui há dois, três ou cinco anos na formação de tantas crianças. Isso é absolutamente importante, necessário e fundamental.
Na área de investimentos também da educação, no Feira Tênis Clube, que nós desapropriamos, estaremos entregando uma escola só para crianças especiais, isso antes do final de novembro deste ano. Também o Ginásio de Esportes Péricles Valadares vai ser reaberto só para esportes adaptados. Mais de 100 mil pessoas em Feira têm algum tipo de deficiência e nós queremos olhar para esse grupo com extremo cuidado.
Estamos criando um centro para pessoas autistas no Mochila. Daqui a pouco, vai ser entregue e nós vamos fazer isso com muita rapidez e tranquilidade, porque essas pessoas também precisam muito mais do que nós. Meu pai não andou durante 16 anos e eu sei o que é a dificuldade de uma família ter alguém com deficiência. Portanto, vamos dar essa prioridade cada vez maior, para que possam avançar na área da educação, principalmente nas pessoas que têm maior necessidade.
Estaremos dando outros passos na educação com creches, que vão ser criadas. Uma delas vai ser no Shopping Popular, que vai ter creches para as mães que lá trabalham e nós vamos criar uma nova creche na área da Rua Nova, porque tem muitas mães naquela área que precisam deixar suas crianças para trabalharem. Entendemos que quando você coloca uma creche, a criança está sendo atendida, está sendo cuidada e ao mesmo tempo que a mãe está trabalhando. Como esse ano não funcionaram ainda, esperamos fazer isso no próximo e faremos.
O shopping popular vai estar funcionando, é importante que funcione e as pessoas que estão trabalhando lá nas ruas estão em um lugar melhor. Isso já aconteceu no Feiraguay, há 30 anos, e muita gente não acreditou. O Feiraguay hoje é o maior centro de negócios populares que Feira tem e o Shopping Popular vai ser um centro ainda maior. Espero que as pessoas que lá trabalharem ganhem dinheiro, porque o importante é isso, para que elas possam sobreviver de forma melhor.
A mudança faz parte do projeto do novo centro, que vai ser totalmente requalificado. As pessoas vão poder andar nas suas calçadas, quem for perto da Casa de Saúde Santana vai ver que tem um piso intertravado com piso tática, vai ver como vai ficar efetivamente o novo centro de Feira de Santana. É importante que aconteça, é importante que isso resolva, que é o que Feira teve um tempo atrás, de um Centro que as pessoas não conseguiam parar, nem conseguiam andar. Agora, os ambulantes vão para o lugar adequado.
Vamos requalificar, logo em seguida, o Centro de abastecimento também, o que é absolutamente necessário. Um equipamento de 1972, que precisa ser atualizado também e eu não tenho dúvida que será. Nas questões importantes do Centro de Abastecimento, vamos ter uma companhia de polícia lá instalada e aquelas questões todas de violência no centro certamente no meu entendimento vão ser muito reduzidas e muito diminuídas.
A zona azul para as pessoas poderem estacionar e trabalhar. O BRT, que está funcionando. Muita gente apostou contra, teve gente que fez acampamento, teve gente que se amarrou na árvore da Getúlio Vargas, dizendo que ia arrancar tudo, tudo mentira. O BRT está funcionando, sim, e vai funcionar cada vez melhor. O próximo passo é expandir a rede do BRT tanto para a área sul da cidade, Tomba, Feira VII, quando para a área norte, com direção à Uefs. Isso vai ser absolutamente rápido e com um planejamento todo técnico, para ser bem seguido também.
Na área rural, liberamos todas as estradas. Temos hoje 11 patróis funcionando diariamente, seis são novas. Temos também 24 caçambas, retroescavadeira e estamos trabalhando muito e de forma rápida, para que a manutenção aconteça. Choveu muito em Feira de Santana, mas estamos recuperando essas estradas, porque hoje a zona rural precisa que tenha uma forma grande de recuperação.
AC – O BRT segue ainda muito desacreditado pela população. Quais são as garantias de que ele contribuirá realmente com o transporte público de Feira? Por que o BRT não alcança o Tomba que é o bairro mais populoso da cidade?
CM – O BRT está rodando neste momento. Ele não é a única área de mobilidade urbana. É uma dessas áreas de mobilidade. A gente lembra do cruzamento da Getúlio Vargas com a Maria Quitéria, do número de mortes e acidentes que ali teve e não tem mais. A passagem que o ônibus fará ajudou muito a reduzir o número de acidentes. Vamos ter também ciclovias ao lado do BRT.
É um projeto que demorou por várias razões, inclusive agora, pela própria covid, mas ele vai ser estendido não só para o Tomba como para a zona sul da cidade, nas suas zonas de expansão. O BRT circulará no BRT de tráfego, onde tem o maior volume de tráfegos de passageiros de Feira de Santana, que é na Getúlio Vargas. Vai circular na zona de passageiros também, na João Durval e o nome é transporte rápido de ônibus, que é para poder ter mais velocidade ,para chegar ao centro da cidade e em determinada área. Ele terá que ser e vai ser expandido, mas ao lado do BRT, até porque houve uma politização excessiva dessa questão.
Na mobilidade urbana é bicicleta, é ciclovia, são vários temas, uns conectados com os outros. Não é uma questão de descrédito, ele está começando agora e vai ser adaptado e vai exercer muito bem a sua função.
AC – No seu programa, o senhor propõe ciclovias. Mas, diferente dos demais candidatos, o senhor e o grupo que representa, ocupam o poder desde 2001, há 20 anos, e as ciclovias não foram executadas. O que garante ao eleitor que os projetos de 2021 serão?
CM – A nossa participação com o grupo de José Ronaldo é a partir de 2014 e não de 2001. Querem vincular essa questão do que já foi para o que vai ser. É reconhecer que foi uma coisa lá atrás e outras que vão ser feitas agora. Talvez, se eu tivesse que me vincular a um período que foram feitos os viadutos e outras áreas anteriores, mas não dá pra querer puxar isso tudo para trás, como se hoje não fosse o necessário da gente ter os nossos compromissos e esses compromissos estão sendo assumidos.
A própria questão do Centro da cidade e várias outras questões. Nada nos amarra apenas ao que já começou e começou bem, avançou, essa cidade tem muitas áreas de extensão e pavimentação de rede de água, energia, coisas que foram bem feitas lá no passado e agora o passo que estamos dando é avançar. As ciclovias, na Nóide Cerqueira, que é uma avenida recente não tem; tem ciclofaixa, vai ter ciclovia agora também. Isso não implica, porque foi lá atrás, vai ser feito agora. A Maria Quitéria, que vai ser uma grande ciclovia estendida até a Uefs. Enfim, esses passos precisamos dar agora, olhar para o passado é olhar para o que foi bom no passado. O futuro a gente faz agora com o que for necessário.
AC – O que o senhor avalia que é o maior problema da educação hoje e o que pretende fazer para que a educação municipal avance no Ideb?
CM – O maior problema que eu entendo hoje é com a covid-19 e a necessidade de reduzir a quantidade de pessoas nas aulas presenciais. O maior desafio é você produzir conteúdo para aulas à distância. Para que as pessoas tenham aula em casa, não dá para poder transmitir conteúdo pelo celular. A maioria das pessoas não tem computador em casa. Nós precisamos, neste momento, colocar conteúdo e, se for necessário, distribuir tablets para que as pessoas em casa possam estudar.
Neste momento, o grande desafio para os professores é se adaptar. Dar aula para uma classe é uma coisa, dar aula para uma câmera de TV é outra. As famílias vão ter que participar muito desse período online nas suas casas. O que nós precisamos, neste momento, inclusive para melhorar o Ideb, além de termos uma questão de gestão e medidas que precisam ser feitas é nos adaptarmos a essa nova realidade e eu acho que a gente precisa fazer isso rápido.
Na Uefs, sou professor de universidade, minha mulher também é e já estamos prontos com as salas virtuais, para esse novo momento. É um momento de transição. No meu entendimento, é a melhor das alternativas, as aulas vão ser feitas com turmas pela metade, um grupo sim, outro, não. Mas as aulas semipresenciais em suas casas, temos que ver todas as formas de que essas pessoas possam levar o que for necessário para casa, como chips, para terem acesso à internet, porque, a partir de agora, no meu ver, as aulas presenciais são reduzidas e as aulas pela internet são uma realidade.
AC – O Hospital municipal é a grande promessa dos outros candidatos. Qual é o posicionamento sobre essa unidade de saúde?
CM – O hospital de campanha só foi aberto, porque tem recursos para manutenção, que são recursos federais. O HEC, que também abriu com o estado, só foi mantido pelo governo federal. São R$ 3 milhões em manutenção, por mês. O Hospital da Mulher são R$ 4 milhões em manutenção.
O que nós entendemos é que abrir um novo hospital não é problema, porque qualquer um constrói. Você vê o governo do estado construir uns 40 hospitais, o último foi o Clériston Andrade II. A manutenção é que é complexa. O que nós queremos focar é na pessoa. Se as pessoas têm filas de cirurgia, vamos acabar com as filas. Tem fila de cirurgia ortopédica? Acaba com as filas. Tem problema de gigantomastia? Vamos fazendo no Hospital da Mulher. Mas precisa apressar? Vamos buscar a contratação de todos os hospitais da cidade, fazer um edital, convidar aquelas entidades privadas que queiram, através de um determinado valor.
O SUS municipal que vamos criar vai ser uma complementação do que o SUS paga, porque o valor é baixo. Mas a gente pode complementar e reduzir filas, fazer cirurgias necessárias, exames que forem impossíveis, para isso não precisamos fazer um Hospital só. Queremos ter todos os hospitais da nossa cidade que queiram participar e isso já foi feito em várias circunstâncias, inclusive na própria Bahia.
Construir um hospital? Meu pai construiu. Em 1992, durante muitos anos esse hospital foi mantido com recursos absolutamente do município. Para ampliar, não depende somente da prefeitura, depende do governo do estado, do Ministério Saúde. Portanto, no nosso entendimento, filas zero, onde for necessário que seja feita uma intervenção.
AC – Quando o senhor vai dar andamento ao curso de formação dos Guardas municipais novos que está parado? Quais os seus projetos para essa categoria?
CM – Nós fizemos um concurso público, que está em andamento. Chamamos os 50 guardas municipais, como era previsto no edital. Nós treinamos todas as pessoas para, na medida do que for necessário, chamar. As pessoas sabem, inclusive, que neste momento eleitoral, essas substituições não acontecerão, a não ser que aconteçam as aposentadorias.
A nossa guarda está equipada. Hoje ela tem pistolas, revólveres, veículos novos e todos os níveis possíveis de equipamentos necessários. Vamos ampliar, sim. O nosso principal foco vai ser o nosso nível de monitoramento da nossa cidade. Para isso, as pessoas serão chamadas, no momento que for necessário. Mas, neste momento, estou preocupado em pagar regularmente, integralmente e não haver nenhum tipo de atraso nesses pagamentos. Portanto, as pessoas que foram chamadas, foram dentro da lei e quando for necessário, vamos concluir esse chamamento dentro do que for possível para o município de Feira de Santana.
AC – Como o senhor pretende resolver um outro problema do transporte clandestino, que é recorrente aqui na cidade?
CM – Aumentando a nossa fiscalização. Você veja, tem uma entidade do Alto de Perú em Salvador que veio para Feira de Santana com uma liminar judicial, para operar em nossa cidade. Isso é uma coisa absolutamente absurda, mas acontece e é preciso que a gente amplie a nossa capacidade. Primeiro, de controle; segundo, de fiscalização; e terceiro, precisamos que a justiça nos ajude, ao invés de dar uma liminar como foi dada. O processo de liminar foi uma dificuldade grande. O transporte irregular compete com o transporte que paga salários integrais, que gasta na manutenção específica e são pessoas que vêm de outros distritos, outros municípios para fazerem esse tipo de transporte irregular e é, muitas vezes, congestionando o centro da nossa cidade. É preciso maior fiscalização e vamos fazer isso com nossas câmeras, porque o nosso controle vai ser ainda maior, de forma bem clara
AC – Muita gente critica o fato do senhor ter mantido boa parte da equipe que vem desde a primeira gestão do ex-prefeito José Ronaldo. O senhor pretende mudar isso, caso reeleito?
CM – Precisamos ter um novo governo mas, essa equipe é uma equipe que tem treinamento, que participa. Você veja, é a mesma equipe que caminhou conosco agora com o Centro da cidade. Nós fizemos algumas modificações, que são, certamente, adaptações. Um novo governo realmente vai ser um novo governo, mas tem muita gente boa trabalhando em Feira de Santana. Você vê o governo do estado que está aí há 14 anos também com uma boa parte da equipe mantida, mas não é por isso, porque as pessoas têm qualidades e eu agradeço à essa equipe que trabalhou conosco e trabalha de uma forma muito denodada e muito interessada. É um novo governo, um novo momento, essas modificações aconteceram também.
AC – Qual é a grande dificuldade para resolver o problema das estradas da zona rural?
CM – Nesse momento não foi uma dificuldade tão problemática, foi chuva mesmo. Graças à Deus que choveu até agora. Os equipamentos que nós tínhamos eram em quantidade pequena. Hoje, nós compramos mais equipamentos, conseguimos autorização para tirar cascalho, porque hoje tem autorização ambiental para poder fazer isso. Estamos melhorando também as nossas técnicas de manutenção, preservação da nossa zona rural que, pelas viagens que tenho feito, a característica está cada vez mais de zona urbana. Teremos que fazer cada vez mais essas ações, uma vez que tem mais gente morando e vivendo na nossa zona rural, não sendo simplesmente uma pessoa que tem um sítio, mas que tem uma casa e precisa das estradas para se movimentar.
AC – Como será resolvido o problema da sujeira no Centro de Abastecimento?
CM – Com uma limpeza muito grande e permanente, ativa e com as pessoas não sujando. A sujeira significa que as pessoas estão descartando e nós às vezes não temos sacos de lixo em locais específicos para que as pessoas possam colocar o que for dispensado. É preciso uma grande capacidade de colaboração de quem lá está, de quem trabalha, isso vai ser feito da melhor forma possível porque o centro de abastecimento é o maior centro de varejo que nossa cidade tem. Mas não só do Centro de Abastecimento, em todas as nossas feiras a qualidade da limpeza e a qualidade do não sujar precisam ser ainda maiores. Quem compra comida, quer uma comida limpa.
AC – Quais são as considerações finais do senhor?
CM – Eu vou concluir dizendo que é importante, neste momento da eleição, ter dimensão do que é o problema e que tem que ser resolvido aqui em Feira e que precisa ser resolvido pelo Estado. Segurança pública é algo de responsabilidade do governo do Estado e precisa ser resolvida rapidamente.
São mais de 300 homicídios até agora, em Feira de Santana. A cidade tem que ser tratada de outra forma. É necessário que se amplie essencialmente mais ainda a quantidade de pessoas que cuidam da segurança pública. Em Feira, os homens e as mulheres que trabalham nas nossas polícias são absolutamente competentes e sabem o que fazer, mas o número precisa ser ainda maior, precisa ser aumentado e Salvador tem tudo maior e a segurança pública aqui em Feira está a desejar.
A outra coisa que cabe ao estado resolver é a regulação. As pessoas têm morrido mas nas filas das regulações e isso é uma responsabilidade do governo do Estado. É preciso que seja resolvido já. Essa semana, por exemplo, uma pessoa, com 93 anos, passou no hospital de campanha 10 dias para tentar uma regulação e até ontem não tinha conseguido, é uma pessoa que não tinha covid e precisava ser transferido para o hospital geral. Isso precisa ser resolvido rápido, não dá para demorar nem atrasar de forma nenhuma.
Na nossa proposta de governo, neste momento, do ponto de vista ambiental, a gente quer um programa permanente de revitalização e preservação das nossas lagoas. É importante que Feira de Santana dos Olhos D'Água tenha suas Lagoas, todas elas preservadas e, por falar em lagoa, o governo do estado tem que terminar rapidamente aquela questão da lagoa grande, que tem 12 anos que não termina. Mas é importante também que todas as Lagoas de Feira de Santana tenham a sua preservação e a condição de ser circundada com pistas, para que as pessoas possam andar e ocupar essas áreas e defender, no meu entendimento, o nosso meio ambiente. Nós queremos avançar muito rapidamente também em todas as áreas que dizem respeito as pavimentações e as duplicações de viadutos, para ampliar cada vez mais essas condições de mobilidade urbana.
Isso vai ser feito da forma mais adequada, mais rápida possível e cada vez mais a ideia que a gente tem de que essa Feira de Santana pode crescer na tecnologia. Isso vai ser absolutamente indispensável. Na iluminação de LED, cada luminária dessa tem um chip e nós vamos ter uma cidade cada vez mais conectada. Para poder alguém vir para Feira de Santana instalar sua empresa, só vai vir, se tivermos tecnologia e nós vamos apostar fundo em tecnologias nas startups. É o que é preciso trazer para esse novo momento da economia do mundo e Feira de Santana vai saber surfar nessa condição agora de crescimento e desenvolvimento.
Eu me considero pronto para continuar trabalhando firme por Feira de Santana com a visão de futuro, com a visão de presente, com a visão de construção, desenvolvimento e crescimento de todos nós. Feira só é grande, porque tem homens e mulheres muito maiores do que a nossa cidade construída apenas em carro e pedras; homens e mulheres são muito mais fortes e mais fortes.
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Colaborou a estagiária Maylla Nunes.