Gabriel Gonçalves
O sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc) realizou na manhã desta sexta-feira (9) um protesto contra a transferência do Complexo Policial Investigador Bandeira, localizado no bairro Jomafa, em Feira de Santana, para a Escola Estadual Ubaldina Régis, no bairro Tanque da Nação.
Segundo o presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, a escola não tem condições estruturais para abrigar três delegacias que comportam o Complexo Policial Investigador Bandeira.
"Procuramos o coordenador regional Roberto Leal e ele informou que não encontrou outra opção de instalações, a não ser aqui nesta escola, um local inapropriado, vulnerável, uma escola que não foi construída para abrigar uma delegacia. Por isso estamos aqui protestando chamando a atenção da população porque aqui não tem condições de abrigar 20 viaturas, não tem como armazenar as drogas apreendidas, bens, dinheiro", declarou.
De acordo com Eustácio Lopes, com a transferência das delegacias para a escola Ubaldina Régis, além da falta de estrutura interna, o trânsito também terá interferências.
"Esse trecho aqui da entrada do Conjunto Feira IV vai virar uma confusão, não podemos trabalhar sem estrutura, sofre o povo e sofrem os policiais, o Estado não pode ser negligente e colocar em risco a vida da população de Feira de Santana, e se não conseguirem um local adequado, iremos paralisar as nossas atividades. Não podemos trabalhar em um local onde a laje está desabando e há cupins nas paredes. Então estamos pedindo ao estado da Bahia que tenha a responsabilidade com a vida da população e dos policiais", afirmou em entrevista ao Acorda Cidade.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Ainda segundo o presidente, nos próximos 15 dias, uma pequena reforma será realizada para abrigar as delegacias.
O diretor geral do Sindpoc, Luiz Arthur afirmou que é uma vergonha a escolha do local para a transferência das delegacias do Complexo do Jomafa.
"Estamos vendo aí casas de cupim, uma placa de identificação interditando um buraco no meio da área principal da escola, um abandono total desse local. Atualmente são três delegacias, a de Repressão Furtos e Roubos, Tóxicos e Entorpecentes e a 1ª Delegacia. Em média são 150 servidores e não terão condições nenhuma de trabalhar aqui. Ambiente indecente e insalubre", afirmou o diretor geral do sindicato.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Segundo Luiz Arthur, quem realizou a escolha do local não entende de segurança pública e será um risco guardar todos os equipamentos dentro da escola.
"Precisamos guardar as viaturas, muitos carros não são padronizados, mas são carros oficiais. Temos os armamentos pesados que são guardados dentro de delegacias como fuzis, pois não levamos para casa. Teremos drogas apreendidas, documentações, inquéritos e todo esse material ficará exposto".
Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade