Feira de Santana

Professores e camelôs se unem em novo protesto; manifestantes hostilizam repórter

O trânsito ficou interrompido no centro da cidade por cerca de três horas.

Rachel Pinto

Professores da rede municipal de ensino e camelôs realizaram mais uma manifestação unificada na manhã desta terça-feira (22) em frente a prefeitura de Feira de Santana.

Os professores reivindicam que o governo pague os salários que foram cortados durante a pandemia de covid-19 e os camelôs reclamam das condições do Shopping Popular, como tamanho dos boxes, estrutura e valor das taxas e mensalidades. A manifestação unificada está programada para ser realizada todas as terças-feiras às 8h30 e hoje o trânsito ficou interrompido por cerca de três horas.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

A professora Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Educação (APLB), disse a reportagem do Acorda Cidade que a manifestação teve como objetivo denunciar o prefeito Colbert Martins da Silva e a perseguição que ele está fazendo aos professores e trabalhadores.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“É um descaso que o governo tem feito. Nesse sentido estamos todos juntos, contra a perseguição aos professores e camelôs. Queremos dizer que a forma como o procurador se dirige a classe trabalhadora é uma forma desdenhosa, sarcástica e não é assim que trata os trabalhadores. Nós exigimos respeito. Um governo que não senta para negociar. Viemos tentando negociar a devolução dos salários e depois voltaram atrás. O senhor Moura Pinho foi para a imprensa para dizer que estávamos mentindo e em nenhum momento nós mentimos. Inclusive divulgamos o vídeo porque o secretário atual disse que não tem mais negociação. Como é que temos cidade bonita desse jeito? Cidade bonita é trabalhador com dinheiro no bolso, bem alimentado. Cidade com saúde e educação. No nosso entendimento feiúra é barriga vazia e o prefeito está deixando o professor passar necessidade em Feira de Santana”, declarou.

Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

A sindicalista informou que os manifestantes fizeram uma fogueira nesta terça-feira e que semana que vem a manifestação irá simbolizar o enterro do prefeito Colbert Martins.

Repórter hostilizado

O repórter Ney Silva, do Acorda Cidade, da Rádio Sociedade News, foi vítima da hostilidade dos manifestantes, e por pouco não foi agredido fisicamente por um homem. Nosso repórter revelou que foi impedido de realizar o seu trabalho por manifestantes do grupo que se identificou como camelôs.

"Fui hostilizado, agredido verbalmente e impedido de realizar meu trabalho, enquanto profissional de imprensa. Uma situação lamentável, pois estamos ali inclusive para dar voz a eles, bem como informar a população", lamentou.  

O Acorda Cidade repudia veementemente tal atitude de alguns manifestantes contra nosso repórter e contra a Liberdade de Imprensa.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários