Rachel Pinto
O comércio de Feira de Santana ficou bastante movimentado nesta segunda-feira (6), um dia antes de entrar em vigor o novo decreto de fechamento determinado pelo prefeito Colbert Martins Filho. Além de estabelecimentos comerciais, foi possível verificar longas filas em bancos, casas lotéricas e grande congestionamento no trânsito.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
A reportagem do Acorda Cidade foi conferir a movimentação e registrou várias pessoas que aproveitaram para fazer compras e pagar contas. O fechamento busca conter o avanço da covid-19 na cidade. Hhá quem concorde e também quem discorde que isso reduzirá o número de infectados.
Andréia Silva Santana avaliou que o fechamento do comércio é uma medida necessária para evitar o aumento de casos de pessoas infectadas pelo coronavírus. Na opinião dela, apesar de ser uma questão delicada, que prejudica muitos trabalhadores, comerciantes e empresários, se o comércio estiver fechado, diminui a concentração de pessoas nas ruas e esse fator é positivo na luta contra a doença.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“É uma situação caótica para todo mundo. Ontem eu ouvi o prefeito falando que ia fechar e resolvi vir hoje fazer um pagamento, só viria à rua na quarta-feira, mas diante do decreto me antecipei. Infelizmente é difícil para os empresários e comerciantes, mas é uma decisão que é necessária para o bem estar de todos nós”, pontuou.
Shirlene Sena Souza comentou que o movimento de pessoas no centro da cidade estava muito grande hoje e frisou que isso ocorre tem outros dias e também nos bairros. Ela observou que é preciso que as pessoas tomem mais cuidado para evitar o avanço da covid-19.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Eu acho que se o comércio tivesse fechado, o povo não estaria tão contaminado assim. O excesso de gente na rua está demais, em parte é do comércio a responsabilidade. E povo também precisa ter mais cuidado nos bairros que estão lotados. Hoje eu vim fazer uma retirada de um móvel que tive dificuldade com a entrega me assustei com o movimento de gente”, afirmou.
O gerente de loja Genivaldo de Jesus Santos relatou ao Acorda Cidade que o fechamento do comércio não é o suficiente para barrar a contaminação pelo coronavírus, mas ajuda a diminuir os casos. Ele comentou que muitas pessoas não respeitam nenhum tipo de determinação e saem às ruas de forma inconsequente, prejudicando quem fica em casa para se preservar.
“Tem gente jogando bola, gente na praça do bairro e nós que ficamos em casa pagamos por aqueles que estão nas ruas. Eu sei que fechar o comércio não é o suficiente, mas vamos observar se vai diminuir. Percebo que os números aumentam mesmo com o comércio fechado”, declarou.
Genivado informou que diante da atual situação não está conseguindo pagar nem aos funcionários em as despesas da loja.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Marizete Souza Nunes que tem uma loja no comércio de Feira de Santana há 17 anos, comentou que também está encontrando dificuldades para honrar todas as despesas da loja e pontuou que fica muito difícil pagar aluguel, impostos e salários sem ter lucros. Na opinião dela, o comércio deveria continuar aberto, mas a prefeitura deveria ser mais atuante na fiscalização.
“Eu só abri minha loja nos dias determinados pelo decreto. Mas, outras lojas funcionaram nos dias que não era permito abrir. Funcionaram com as portas entreabertas. As pessoas não estão se conscientizando do perigo da doença. Não se pode responsabilizar só comércio desde quando as pessoas continuam fazendo festas nos bairros, em chácaras e tudo mais. Só se conscientizam quando a doença chega até alguém da família”, lamentou a comerciante.
Diante do novo decreto o comércio de Feira de Santana fica fechado a partir de amanhã (6) até o dia 13 de julho.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
Leia também:
Veja como funcionarão os serviços essenciais de 7 a 13 de julho em Feira de Santana