Daniela Cardoso e Ney Silva
Motoristas que trabalham no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), de Feira de Santana, reivindicam o pagamento de uma gratificação com o objetivo de diferenciar o salário pago a eles com o dos demais motoristas da secretaria municipal de saúde. Segundo Luciano Santos, que é motorista do Samu, a categoria quer expressar ao prefeito Colbert Martins da Silva Filho, as necessidades que eles estão tendo.
“É um pedido para que ele reveja nossa situação. Recebemos o grau de risco no nosso contra cheque o mais baixo possível. A pessoa que trabalha na prefeitura dirigindo um carro pequeno, ganha o mesmo salário do motorista que dirige uma ambulância do Samu. A gente faz muito mais atribuições, com um grau de insalubridade muito maior. Mexemos com sangue, urina, e agora ainda tem o coronavírus. Acredito que deveríamos ganhar o teto máximo de insalubridade que hoje chega aos 40% e só temos 20% e a gratificação a gente poderia receber os 60%, pois todo funcionário do Samu tem uma valorização, menos o motorista. Um enfermeiro do Samu, por exemplo, não ganha o mesmo valor que o enfermeiro de outras unidades municipais”, afirmou.
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Em resposta, o prefeito Colbert Martins Filho disse que reconhece essa necessidade de diferenciar os salários, mas afirmou que no momento não é possível aumentar essa gratificação, devido ao momento de baixa arrecadação que o município enfrenta.
“Estamos com um nível de gasto com nosso pessoal extremamente grande, imagino até que as pessoas do Samu possam entender que tem esse direito. Mas tenho que pensar se posso pagar os salários sem atraso. Infelizmente houve uma queda grande da arrecadação e nesse momento a ideia é não atrasar o pagamento de ninguém”.
