Presidente do Sindicato dos Bancários diz que aglomerações nas agências adoecem a categoria

^{Rachel Pinto}

A presidente do Sindicato dos Bancários, Sandra Freitas disse, em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (25), que o sindicato está pedindo socorro sobre a situação da categoria e os problemas enfrentados diante da pandemia da covid-19. Ela comentou também sobre a decisão do Ministério Público do Trabalho de fechar por 14 dias as agências do Banco Bradesco na cidade em virtude do grande número de pessoas contaminadas. Sandra Freitas considerou a decisão acertada e importante para garantir a segurança dos bancários.

“O MP entrou com essa ação, pedindo primeiro que os bancos fechassem 14 dias para fazer uma desinfecção total que eu concordo com isso, acho que seria muito bom, que tirasse um final de semana e fizesse a desinfecção em todas as agências bancárias da cidade. Até porque os bancos só fecham quando o bancário comprova que ele contaminado. Mas, nós sabemos de muitos casos daquelas pessoas que são assintomáticas e não era nada demais os bancos a cada 15 dias higienizarem todas as suas agências. Outra coisa foi a testagem geral dos bancários do Bradesco. A gente queria que isso fosse estendido a todos os trabalhadores e inclusive o Sindicato dos Bancários já protocolou uma carta para a prefeitura solicitando. A terceira coisa foi que o Bradesco permitisse o acesso do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), um órgão que tem autoridade, autonomia, para fazer a fiscalização em relação a saúde do trabalhador em todas as empresas. O Cerest é reconhecido e é um órgão que é parceiro inclusive do sindicato. O Bradesco infelizmente impediu o acesso do Cerest em suas agências e o Cerest foi fazer uma visita porque realmente o Bradesco é o banco que mais tem casos de covid em Feira de Santana. A decisão foi que o banco Bradesco permitisse o acesso do Cerest acertadamente para que com essas fiscalizações observasse o ambiente de trabalho, as instalações, como estava a situação de trabalho dentro dos bancos e também aqueles bancários que tivessem necessidade de testagem”, explicou.

Para Sandra Freitas, a decisão do MP foi dentro do esperado e a intenção do sindicato não é que os bancos fechem, mas que atendem a todos os cuidados e propiciem um ambiente saudável para os trabalhadores que estão passando por momentos delicados.

“As pessoas se aglomeram nas agências e infelizmente e isso tem promovido um grande número de adoecimento da categoria bancária. Nós pedimos socorro, pedimos que todos os órgãos, aqueles que possam ajudar que façam o esforço junto a prefeitura para que haja uma testagem Temos um comitê de crise que está ligado o tempo todo com a direção dos bancos, pedindo essa testagem dos bancários para que a gente tenha um panorama mais fiel de como as coisas estão acontecendo”, frisou.

Sandra Freitas pediu que as pessoas só compareçam as agências bancárias em casos de extrema necessidade e afirmou que o sindicato acompanha a execução dos protocolos de saúde nas agências.Pedindo aos bancos que cumpram, que façam o afastamento das pessoas contaminadas para que elas não contaminem outras. De acordo com ela, os bancos em parte têm seguido esses protocolos e o sindicato ao saber das pessoas adoecidas faz a denúncia ao Ministério Público do Trabalho.