Rachel Pinto
O prefeito Colbert Martins da Silva, em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta quarta-feira (27), comentou sobre o trabalho de enfrentamento ao coronavírus, (covid-19) em Feira de Santana e as diversas ações que têm sido realizadas, desde alguns pontos do decreto municipal, as fiscalizações de quem não está cumprindo as orientações e também o trabalho dos profissionais de saúde neste cenário de pandemia.
Sobre o questionamento de que o Hospital de Campanha/Hospital Mater Dei estar demorando para ser inaugurado e sobre ele não ter sido construído no Estádio Joia da Princesa, o prefeito informou que não se arrependeu de não ter construído um hospital de campanha no estádio e que a Mater Dei atenderá ao que está previsto para as suas condições.
“Nós começamos a trabalhar lá na Semana Santa. Entramos exatamente na quinta-feira da Semana Santa e estamos concluindo. O prédio está em boas condições sim, não tenho a menor dúvida disso. Tem problemas? Tem. Como qualquer construção desse tipo, as adaptações mais fáceis de serem feitas já foram feitas, que são a carga elétrica necessária para ativação de vários leitos e a questão da ativação do oxigênio que também está sendo concluída hoje e ativada. O que nós temos ali não é a questão física. Mas, a questão de equipamentos, principalmente respiradores que devo ter até informações novas hoje. Mas, no mais, no ponto de vista de estrutura para se colocar em funcionamento, não seria essa circunstância o ápice principal, ao contrário, são circunstâncias que superam cujo o trabalho acabou sendo maior um pouco porque nós fizemos uma licitação pública e o que houve foi um certo atraso nesse processo de licitação”, explicou.
O prefeito informou que ainda não há uma data prevista para a abertura da Mater Dei e que não vai apresentar datas ainda porque está trabalhando para a abertura.
“Espero até o final da semana dizer exatamente como nós vamos abrir. Não é quando, é como vai ser aberto”, frisou.
Quantidade de leitos para o coronavírus na cidade ainda é pequena
Colbert afirmou que embora Feira de Santana apresente um número de mortes menor em comparação a outras cidades do mesmo porte e a curva epidemiológica esteja sendo mantida, há uma preocupação com as mortes que estão ocorrendo e o aumento do número de infectados. Ele reconheceu que Feira de Santana conta com uma quantidade pequena de leitos para necessidade imediata.
“Porque que eu decidi voltar atrás nas decisões que eu já tinha tomado anteriormente? Porque o número de leitos ocupados em Feira passou a ser crítico. A quantidade de leitos ainda é pequena para uma necessidade imediata. Portanto, ontem estive na Mater Dei, está andando bem lá e estou indo para lá daqui a pouco, pois estamos trabalhando para concluir e entregar essa unidade. De qualquer forma, os leitos hospitalares, pelo que tenho informação do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), estavam quase que completamente cheios e nós precisamos ter mais leitos para pessoas com coronavírus. Porque todas as outras doenças continuam a acontecer todos os dias. Então, neste momento a doença está em ascensão e ela se mostra, do ponto de vista de letalidade em Feira de Santana, em número relativamente baixo e aceitável, embora lamentemos a perda dessas vítimas”, finalizou.
Leia também: Atraso nas obras hospital de campanha de Feira agrava atendimento de pacientes com covid-19