Para sobreviver à crise, palhaço se reinventa e cria kit de pipocas pré-pago

^{Rachel Pinto}

A pandemia do coronavírus (Covid-19) tem gerado dificuldades para diversos profissionais autônomos, especialmente aqueles que trabalham com eventos. Jivanildo Souza de Jesus, de 48 anos, que dá vida ao Palhaço Girafa, tem sentido na pele estas dificuldades. Há quase dois meses a sua vida mudou completamente. Parou de trabalhar, de fazer animação de festas e de vender as pipocas gourmet pelas escolas de Feira de Santana. As contas começaram a acumular, mas ainda assim, ele conta que não perde a alegria e a esperança de que tudo irá melhorar.

Foto: Arquivo pessoal

Ele não conseguiu receber o auxílio emergencial do governo federal e na última semana, diante da preocupação de como irá conseguir pagar as suas contas, resolveu criar o kit de pipocas pré-pago. De acordo com ele, a ideia veio como forma de superar as dificuldades e está tendo bons resultados.

“Eu trabalho com animação de festas, em inauguração de lojas e vendia minhas pipocas em eventos e escolas. Eu estava me estruturando e conseguindo me manter bem. Em março, quando as escolas foram fechadas e os eventos suspensos, os recursos financeiros foram ficando muito poucos. Cheguei a ficar sem um centavo e minha preocupação só aumentava. Já não conseguia dormir com tanta dor de cabeça e estava quase depressivo. Aí tive a ideia de vender os kits de pipocas pré-pagos. As pessoas compram e depois eu faço a entrega. Muita gente fez o pedido e outras pessoas me ajudaram depositando valores em minha conta, sem pedirem as pipocas. Graças a Deus estou vendendo muitas e tudo está se resolvendo”, disse.