Andrea Trindade
Itabuna, no Sul da Bahia, é a cidade com casos de coronavírus que mais tem preocupado o governador Rui Costa atualmente. Ele disse, na manhã desta segunda-feira (11), em entrevista ao vivo ao Acorda Cidade – transmitida simultaneamente para várias rádios do estado através da Rede Baiana de Rádio (RBR) e Rede de Rádio Comunicação (RRC) -, que se for preciso poderá adotar medidas mais restritivas para desacelerar o aumento no número de pessoas infectadas.
A cidade tem 328 casos confirmados e está entre as cidades com os maiores coeficientes de incidência por mil habitantes.
“Itabuna nos preocupa bastante. Hoje é a pior situação na Bahia junto com Ipiaú, que teve dois focos: um no hospital e outro em um asilo. O caso de Itabuna é ainda pior porque está disseminada, não houve nenhum foco específico, ele está disseminado por toda a população. Quando você tem um foco e se conseguir controlar aquele foco você tem um pico de crescimento mas para, e quando está distribuído por toda a população é mais difícil a redução. A situação de Itabuna é hoje a que mais me preocupa. Eu falei no final de semana com o prefeito: “Vamos colocar em prática aquilo que eu enviei para a Assembleia Legislativa de tentar colocar hospedado, internado, os pacientes positivos, mesmo os que não estão sentindo nada, e no caso dos autônomos tentar fazer com que eles tenham uma renda de R$ 500 para eles ficarem lá por 14 dias. O objetivo é que não contaminem outras pessoas e portanto a gente consiga quebrar o ciclo sucessório do vírus”, informou.
Rui Costa informou também que vai entrar em contato novamente com o prefeito e ver a possibilidade de fechar vias e adotar outras medidas.
“Vou propor que a gente feche várias vias lá em Itabuna porque a taxa está muito alta, caso contrário vamos explodir completamente a condição de oferta de serviços lá na região. Vamos propor medidas que já estão sendo feitas em outros estados de bloqueios e um fechamento maior ainda da atividade econômica para derrubar, pelo menos temporariamente, o crescimento. Em Ilhéus conseguimos controlar. Sempre fazemos o acompanhamento pela média de cinco dias. Se em cinco dias conseguirmos manter uma redução, é sinal de que as medidas estão surtindo efeito. No caso de Ilhéus, que tinha mais casos que Itabuna, conseguiu reduzir”, explicou.