Feira de Santana

Sem opção, trabalhadores enfrentam aglomerações em ônibus; prefeito diz que vai buscar soluções

O serviço está funcionando com frota reduzida, mesmo após a demanda ter aumentado.

Rachel Pinto e Andrea Trindade

São muitas as reclamações de usuários do transporte coletivo urbano de Feira de Santana em relação aos atrasos e, principalmente, a superlotação nos ônibus.

Por conta da pandemia de coronavírus, tão importante quanto o uso obrigatório de máscaras, é o distanciamento social, mas isso não é possível para quem só tem os ônibus com meio de locomoção.

O serviço está funcionando com frota reduzida, mesmo após a demanda ter aumentado devido a busca pelo auxílio emergencial e abertura de lojas do comércio de até 200 metros ², o que equivale a quase 90% dos estabelecimentos da cidade.

O prefeito Colbert Martins da Silva disse ao Acorda Cidade que esta situação o preocupa, assim como a aglomeração de pessoas em bancos, lotéricas e supermercados em virtude do recebimento do auxílio do governo federal e o do vale-alimentação da rede estadual de ensino.

Ele informou que está discutindo com o secretário municipal de Transportes de Trânsito, Saulo Figueiredo, formas de controlar o fluxo de pessoas, e frisou que o transporte público tem questões específicas, entre elas o acordo dos sindicatos com as empresas para a redução de pessoas no horário de trabalho e também questões financeiras.

“Tem um acordo em vigor com relação a quantidade de funcionários e as empresas estão enfrentando problemas financeiros. Eu tenho feito o possível para manter o sistema funcionando, agora com o aumento do nível de pessoas, realmente em alguns momentos principalmente no horário de pico está havendo uma grande quantidade de pessoas no transporte. Estive ontem com o secretário Saulo discutindo isso e vamos ver com o pessoal do comércio, um escalonamento, uma melhora para não permitir aglomerações dentro do transporte público. Mesmo com o uso obrigatório de máscaras, é um fator que me preocupa. É preciso que a gente tenha o cuidado para evitar a transmissão”, destacou.

Casos de coronavírus e abertura do comércio

De acordo com Colbert Martins, Feira de Santana está com a curva de transmissão do coronavírus, achatada e apresenta uma média razoável comparada a outras cidades do estado e do país.

Colbert disse que essa situação traz mais segurança e esse fator foi determinante para que ele decretasse que o comércio voltasse a funcionar de forma escalonada. O prefeito frisou que não se arrepende de ter tomando tal atitude e possivelmente vai permitir a reabertura de outros segmentos na próxima segunda-feira (4). Segundo ele, é possível que as concessionárias de veículos voltem a funcionar de forma flexibilizada desde que sigam também os protocolos de segurança contra a Covid-19.

Colbert afirmou que tem tomado muito cuidado com as decisões e que Feira de Santana foi uma das primeiras cidades da Bahia a adotar medidas restritivas por considerar que a maior preocupação é com a vida das pessoas

“Fizemos isso de maneira responsável e da mesma forma que fizemos essa forma de escalonamento, podemos desfazer a qualquer momento se esses dados que temos em mãos mostrarem aumento de riscos à vida humana. Tomaremos novas medidas restritivas com a mesma tranquilidade que estamos tomando com outras medidas”, disse.

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