Andrea Trindade
A Prefeitura Municipal de Feira de Santana vai decretar Estado de Calamidade Pública por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Com esse decreto ficará mais fácil realizar ações de combate ao vírus, eliminando as burocracias.
A cidade tem seis casos confirmados e esse número pode aumentar. Para controlar o avanço da transmissão, o prefeito Colbert Martins Filho adotou uma série de medidas como cancelar a Micareta, suspender serviços e fechar o comércio. Apesar de os últimos resultados de exames feitos no município testarem negativo para coronavírus, ele declarou que é preciso manter o isolamento social, principalmente nesta semana, para que o vírus não se alastre. (Saiba mais aqui).
Em entrevista ao Acorda Cidade, Colbert informou que o decreto do estado de Calamidade Pública já foi elaborado e assinado e nesta segunda-feira (23) o encaminhará à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), para ser aprovado.
“Já entrei em contato com o presidente da assembleia que vai realizar uma sessão virtual hoje à tarde para aprovar o Estado de Calamidade Pública que dá mais poderes ainda à Prefeitura de Feira de Santana. Ele vai declarar para o Estado e para a prefeitura de Salvador e vou pedir que ele inclua na pauta de hoje a calamidade pública para Feira de Santana. Trata-se de uma intervenção para investimentos. A perspectiva de compras com dispensa de licitação se torna bem mais ampla e a Lei de Responsabilidade Fiscal tem um posicionamento mais flexível quando se declara calamidade pública. O Brasil já declarou”.
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Leitos e hospital de campanha no Estádio Joia da Princesa
Colbert informou também que as ações para a ampliação de leitos na cidade estão sendo providenciadas.
“Estamos avaliando a perspectiva de contratação de leitos com recursos que virão do Ministério da Saúde. Agradecemos a direção do Hospital Dom Pedro de Alcântara porque estamos recebendo a proposta de 20 leitos e mais quatro leitos de UTI. É uma informação concreta que podemos dar. Estamos vendo a possibilidade de contratar serviços de uma clínica aqui da cidade que neste momento encontra-se desativada, com mais de 40 leitos, para pacientes de baixa complexidade com a finalidade de atender aqueles que precisam ficar internados, mas não tem grandes demandas de, por exemplo, precisar de intubação ou UTI”, explicou.
Colbert disse ao Acorda Cidade que esteve no 35º Batalhão de Infantaria na semana passada com o comandante da 6ª Região Militar, General l Leonel, para conversarem sobre ações que podem ser desenvolvidas pelo Exército.
“Já colocamos o Estádio Municipal Joia da Princesa à disposição do Exército, se for necessário, para a instalação de um hospital de campanha. A estimativa é de que o município possa ter alguma coisa em torno de mais de 60 a 100 leitos disponíveis. Já no Hospital da Mulher, se ao mesmo tempo tenha gestantes em Feira com Coronavírus, elas poderão contar com toda estrutura possível inclusive com respiradores.”
