Andrea Trindade
Mesmo com a recomendação de evitar aglomerações e com a informação de que os supermercados funcionarão normalmente durante o período de restrições para o controle de transmissão do novo coronavírus, a população tem lotado supermercados temendo um desabastecimento. No entanto, a Associação dos Agentes de Distribuição da Bahia (Asdab), através do seu presidente, Roque Santos, afirma que não há risco de desabastecimento nos supermercados. Em entrevista ao Acorda Cidade, Roque Santos informou que a entidade tem mantido diálogos com setores importantes para a garantia do fornecimento de alimentos em Feira de Santana e em toda a Bahia, e destacou, inclusive, que não há riscos de restrições de acesso de caminhões com alimentos nas estradas.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“Há uma tensão das pessoas por conta do receio de que faltem alimentos nos supermercados. A gente tem conversado com o Governo do Estado, Com a Casa Civil, com a prefeitura. Não há este risco. Nós temos conversado com a indústria para ter uma atenção também sobre o abastecimento, temos conversado com o governo sobre a fronteira, e se há risco de restringir trânsitos de caminhões com alimentos, não há este risco”, disse.
Alta procura pode gerar aumento de preço
Ele alertou também que a corrida para estocar alimentos para várias semanas ou meses pode motivar aumentos desnecessários de preços. Além disso, o presidente da Asdab afirmou que as mercadorias estão chegando normalmente e que às vezes ocorre algum atraso por problemas de logísticas causadas pelo excesso de caminhões chegando para abastecer as lojas.
“A gente entende a população porque, a partir do momento em que você vê a notícia de que o comércio vai fechar por nove dias, e de um risco de algum caos nos serviços, as pessoas tendem a se preocupar mais e procurar se abastecer mais. Então se você vai ficar mais tempo em casa, tem até uma tendência de que você consuma mais, porém o que a gente orienta, eu como representante de entidade de classe, a gente recomenda para você que faz sua compra para 15 dias ou uma semana que continue fazendo desta forma porque não há risco de desabastecimento não há risco de fechar supermercados. Estocar alimento para 60 dias só faz complicar e não deixa de causa especulação. Tem empresário que, infelizmente, pode querer especular e ter aumento de preço desnecessário”, afirmou em entrevista ao Acorda Cidade.
“Eu friso como presidente da Asdab, que é a entidade que representa o setor de atacado e distribuição. Tenho conversado com a Abase que é a representante do varejo, e a gente está tendo todo um cuidado com as entidades públicas e com as indústrias para que a gente garanta a população, não só em Feira de Santana, como também na Bahia, que não corre este risco de desabastecimento. Não há necessidade de você pegar uma quantidade de produto para ficar 90 dias dentro de casa. Além de você correr o risco de perder esse produto dentro de casa e ter a falta para quem comprou para uma semana”, declarou Roque Santos recomendando que população mantenha o isolamento e as regras de higienização e etiquetas sociais para evitar o contágio e proliferação do coronavírus.
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Andrea Trindade com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade