Feira de Santana

Enfermeira vive drama ao tentar regularizar carro que foi clonado

Rebeca Cristina contou que, por conta da dificuldade de emplacar o veículo dela, já foi parada em uma blitz.

Laiane Cruz

Há três anos a enfermeira Rebeca Cristina Miranda vive um drama. Ela teve o carro clonado, o clone foi apreendido e levado para o pátio do Departamento de Trânsito (Detran). Desde então, a profissional de saúde tenta retirar as multas e limpar o nome junto ao órgão, porém até o momento nada foi resolvido. Nem mesmo a placa, ela consegue trocar.

“Eu recebi uma notificação de uma multa na minha casa em um dia e no outro dia eu recebi um telegrama do Detran informando que meu carro estava no pátio do órgão e que se eu não fosse retirá-lo dentro de 60 dias o veículo iria a leilão. Nesse momento eu percebi que meu carro estava clonado, fui na delegacia, abri um Boletim de Ocorrência, fui na Ciretran, fiz a vistoria do meu carro, dei entrada nos requerimentos para retirada das multas e o processo de clonagem, mas até então nada foi resolvido. Já entrei em contato com várias pessoas, inclusive a Ouvidoria Geral do Estado, mas até o momento ninguém me dá um retorno, as multas continuam lá e eu não consigo emplacar meu carro”, relatou a enfermeira, em entrevista ao Acorda Cidade.

Rebeca Cristina contou também que, por conta da dificuldade de emplacar o veículo dela, já foi parada em uma blitz, quando estava com o filho de 8 anos, e diante de todo o constrangimento que passou, por pouco não teve o carro guinchado.

“Já fui parada em uma blitz e passei duas horas parada com meu filho de 8 anos. Passei por esse constrangimento no dia 19 de julho, às 18h, na Artêmia Pires. O policial não quis olhar o documento do processo de clonagem, disse que ia levar meu carro e eu tinha 30 minutos pra fazer o pagamento. Depois de muita luta, de entrar em contato com uma rádio, ligar pra o pessoal da Ciretran, foi que ele decidiu olhar minha documentação e me liberou”, afirmou.

Burocracia

Rebeca Cristina falou ainda sobre todo o processo burocrático que vem enfrentando junto à Ciretran. Desde que começou a procurar o órgão para tentar resolver seu problema, viu o processo caminhar a passos de tartaruga.

“Eles não me dizem o motivo porque não resolveu, só que vão resolver, que vão verificar. Todas as vezes que eu ligo pra lá me dizem que vão verificar, eu conto a história toda novamente, me pedem os números dos protocolos e falam que vão verificar, que vão entrar em contato comigo, já dei entrada novamente com o processo. Estou com meu carro parado, sem poder rodar. O desespero é porque a gente não sabe o que fazer, corre pra todos os lados, busca ajuda de todas as formas, e o final é sempre o mesmo, não tem retorno”, desabafou a enfermeira.

Rebeca Cristina frisou que só deseja ter o seu nome retirado do processo de clonagem. “Eu espero que tirem essa multa do meu carro, que é mais de mil reais, que tirem meu carro desse processo de clonagem e eu pague meu emplacamento, não quero nada mais que isso. Não quero que me reembolsem os juros que paguei no Sefaz (Secretaria da Fazenda), só quero que limpem meu nome e me tirem dessa bagunça. No dia que eu recebi o telegrama, fui lá no Detran, o carro estava lá idêntico ao meu, com a mesma placa”, disse.

Procurado pela reportagem, o coordenador da 3ª Ciretran de Feira de Santana, Silvio Dias, informou que o órgão apenas intermedeia o processo, que é feito junto ao Departamento de Trânsito (Detran), em Salvador. Ele disse ainda que é um processo lento, que requer apuração por parte de uma comissão, que ouve as partes envolvidas.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
 

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