Acorda Cidade
A Associação dos Vendedores Ambulantes de Feira de Santana (Avamfs) convocou nesta quarta-feira (2) uma assembleia com os comerciantes do Feiraguay para esclarecer sobre a Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público. A reunião ocorreu no auditório do hotel Matriz e teve início por volta das 18h.
Os vendedores estão preocupados com a ação do MP, que busca anular a cessão que foi feita pelo poder público aos ambulantes da Praça Presidente Médici, para que, posteriormente, a área fique para uso comum do povo.
De acordo com o advogado Hércules Oliveira, em entrevista ao Acorda Cidade, na assembleia também foram expostos quais medidas a diretoria, através do seu corpo jurídico, está adotando para reverter esse quadro, e sobre os diálogos que estão sendo mantidos com os poderes executivo e legislativo.
“A Avamfs foi intimada para apresentar a defesa, que foi apresentada no seu tempo hábil. Estamos expondo para o juiz exatamente alguns pontos contraditórios dentro da Ação Civil Pública e algumas alegações que estão sendo feitas, que não correspondem à verdade dos fatos. Tem muitas coisas que foram pregadas e colocadas por pessoas, que desde 2008 faziam enfrentamento político com os vendedores do Feiraguay. Dentro dessa visão, outro grupo de vendedores ofereceu ao MP diversas alegações de supostas irregularidades inexistentes”, afirmou o advogado.
Hércules Oliveira não acredita na saída dos vendedores do local. “Estamos esclarecendo e tranquilizando. O Feiraguay existe há mais de 25 anos. É um entreposto comercial, social, econômico e cultural que rende diversos empregos e dividendos para Feira e macrorregião, com repercussão em diversos municípios da Bahia e fora da Bahia. A decisão deve demorar um pouco porque o município deve apresentar sua defesa. Nós pedimos uma audiência de conciliação com o intuito de levar esclarecimentos ao magistrado da causa e só após essa audiência de conciliação é que deve sair uma decisão. Mas temos a convicção que o Feiraguay nunca sairá dali”, declarou.
O comerciante Nelson Dias se mostrou preocupados com a situação. “A preocupação nossa é porque nós estamos aqui fez 23 anos no dia 16 de abril. Quando há esse tipo de comentário, essas situações, todos os comerciantes ficam preocupados, porque o Feiraguay é um empreendimento que deu certo, mas foram muitos anos de sofrimento também. A imprensa acompanhou todo o nosso sofrimento, quando fomos relocados para aquele local, vindos da Sales Barbosa”, disse.
O presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes do Feiraguay, Waldick Sobral, ressaltou que o posicionamento da entidade é justamente responder ao Ministério Público todos os questionamentos. “Está se fazendo um cadastro biométrico para se fazer a cobrança do DAM, que é o que o MP está cobrando, pois não tinha essa cobrança. O Feiraguay é um ponto turístico da cidade e agrega para o táxi, a rede hoteleira, tudo que venha gerar lucro para o município”, disse.
Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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