Transporte Alternativo

Diretor de cooperativa diz que motoristas de vans entraram na justiça para terem o direito de trabalhar

Ele explica que com a licitação da prefeitura, alguns motoristas de Feria de Santana ficaram de fora.

Acorda Cidade

Atualizada às 12:40

Um dos diretores da cooperativa que foi autorizada por liminar a fazer transporte alternativo em Feira de Santana, Antonio dos Santos, esteve no programa Acorda Cidade nesta sexta-feira (9), onde afirmou que os motoristas da cooperativa já faziam parte do transporte alternativo de Feira de Santana e com a licitação, tiveram os postos de trabalho extintos. O número de veículos foi reduzido de 206 para 105.

Leia também: Liminar determina que cooperativa de Salvador faça transporte alternativo em Feira de Santana

Ele explica que com a licitação alguns motoristas ficaram de fora, então eles entraram na justiça para conseguir o direito de trabalhar na cidade. Inicialmente eles não tiveram um resultado favorável, então, recorreram na 2ª estância e ganharam. Além disso, Antonio dos Santos afirma que a cooperativa é de Salvador, mas que tem uma filial em Feira de Santana. 

“Quando recorremos em 2ª estância, nós procuramos uma organização, um jurídico de uma determinada entidade, que se dispôs a nos ajudar, então imediatamente abrimos uma filial em Feira e conseguimos êxito na justiça. Temos em mãos um documento que nos dá o direito de trabalhar. É uma coisa provisória, pois ainda está em julgamento, mas conseguimos provar que éramos coagidos, não tínhamos o direto de trabalhar, nossos carros eram apreendidos. Como é que a secretaria de transportes retém nossos veículos e não dá um termo de apreensão, uma notificação? A justiça entendeu que eles estavam agindo de forma errada”, afirmou em entrevista ao vivo no programa Acorda Cidade, na Rádio Sociedade News (102.1 FM).

Antônio dos Santos disse ainda que, assim que os veículos foram recolhidos pela prefeitura ontem (9), eles se dirigiram até a secretaria de Transportes e Trânsito. Lá, eles foram informados que a secretaria ainda não tinha sido avisada de forma oficial.

“Isso não é verdade, pois o superintendente Maurício Carvalho foi notificado e o chefe da fiscalização também. Hoje eles vão ser informados oficialmente, os veículos apreendidos certamente serão liberados. O presidente do sindicato informou que eram 190 veículos, mas não é verdade. É só a parte das pessoas que ficaram de fora da licitação, menos de 30 cooperados. Com o crescimento da cidade, o transporte público da cidade ficou carente. Nós operávamos com 206 veículos e com o crescimento da cidade, como é que se reduz para 105? Eles alegam que foi feito um estudo técnico e que 105 veículos daria conta, mas isso não é verdade e contribuiu para o aumento da clandestinidade. Nós não somos clandestinos e buscamos nossos direitos, é tudo organizado”, afirmou. 

O que diz a SMTT

Por meio de nota, a Secretaria de Transportes e Trânsito da Prefeitura de Feira de Santana informa que está adotando as medidas jurídicas necessárias, através da Procuradoria Geral do Município, para cassar a liminar junto ao Tribunal de Justiça da Bahia.

A Prefeitura defende que o transporte público de passageiros no Município seja feito por aqueles que participaram de processo licitatório e foram habilitados a prestar o serviço.

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