Feira de Santana

Secretário explica por que profissionais da prefeitura não foram convocados para as obras de requalificação do centro da cidade

Ele também informou que alguns viadutos de Feira de Santana serão duplicados, a exemplo o da Nóide Cerqueira.

Danela Cardoso

Alguns vereadores criticaram a prefeitura de Feira de Santana, na Câmara Municipal, por ter contratado, por R$ 7 milhões, uma empresa de engenharia para acompanhar o projeto para a requalificação do centro comercial. Em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã desta sexta-feira (1º), o secretário Municipal de Planejamento Carlos Brito respondeu as críticas.

Ele explicou que os engenheiros contratados pelo município são qualificados para a execução de qualquer projeto, mas que pelo fato de ser um projeto grande, que requer profissionais especialistas em diversas áreas, a prefeitura optou pela contratação de uma empresa. Além disso, ele informou que os engenheiros do município atendem a diversas demandas, como liberação de alvará de funcionamento, alvará de construção, além de outros procedimentos administrativos, que não podem ficar parados.

“Ninguém desconhece a qualidade da equipe de engenheiros de Feira de Santana. Eles não executaram esse projeto porque é grande e não vamos desprender uma equipe que efetivamente está trabalhando em outras atividades. Para fazer projetos grandes teríamos que parar a prefeitura por quando tempo? Não é falta de capacidade da equipe”, afirmou explicando em diversas obras de Salvador, por exemplo, foram executadas por profissionais que não fazem parte do quadro da prefeitura.

De acordo com o secretário Carlos Brito, existem na prefeitura de Feira duas estruturas, a de projeto que está na secretaria de Planejamento e a de estrutura de fiscalização e análise de demanda de terceiro, que são os projetos para construção de casas e pra reforma, que está na responsabilidade da secretaria de Desenvolvimento Urbano. Ele destacou que atrás dos grandes projetos, tem aqueles outros menores que são chamados complementares.

“Essa obra de requalificação é um conjunto e temos que ter uma empresa com estrutura para responder aos questionamentos e as necessidades. A prefeitura de Feira não tem um engenheiro elétrico, não tem um que faça drenagem e esse projeto tem essas demandas. A empresa contratada vai fazer tudo isso. A gente não pode brincar com dinheiro público. Se a gente der um serviço grande para a equipe da prefeitura, o projeto demora de sair. E os juros do dinheiro público? Não estamos jogando dinheiro fora e sim pensando em uma Feira do futuro para depois não enfrentar o caos”, afirmou ao Acorda Cidade.

Duplicação de viadutos

O secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito, informou ainda que alguns viadutos de Feira de Santana serão duplicados, a exemplo o da Nóide Cerqueira. O viaduto da Avenida Fraga Maia está em avaliação. Ele respondeu a algumas críticas com relação as duplicações dos viadutos.

“Tem 10 anos que os viadutos foram feitos e foram pensados após uma pesquisa de tráfego naquela região. Há uma necessidade de duplicação em função de uma demanda que explodiu em determinadas regiões, como a da Nóide. Este viaduto não será o primeiro no mundo a ser ampliado. Quando fizemos alguns viadutos de Feira, a exemplo do da Ayrton Senna, disseram que era um viaduto do nada para lugar nenhum, mas a cidade cresceu”, disse.

Segundo Carlos Brito, após a escolha da empresa para realizar o projeto, que está no processo licitatório, em 90 dias será feita a entrega do projeto e depois abre a licitação para construção. Em julho, conforme explicou, se não tiver nenhum retrocesso, a secretaria já espera que o processo licitatório para a intervenção já comece a ser feito.

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