Um sábio passeava na floresta com seu discípulo. Avistou uma casinha pobre, aos pedaços. Nela moravam um casal e três filhos todos mal vestidos, sujos, magros e aparentando subnutrição. O sábio pergunta ao pai da família: como vocês sobrevivem? Não vejo horta, plantação ou animais. O pai respondeu: nós temos uma vaquinha que nos dá alguns litros de leite pôr dia. Uma parte do leite nós tomamos. Outra trocamos na cidade vizinha pôr alimentos e roupas e assim vamos sobrevivendo…
O sábio agradeceu e saiu novamente pelo seu caminho. Logo em seguida o sábio avistou a tal vaquinha e ordenou a seu discípulo: puxe aquela vaquinha até o precipício e a empurre precipício abaixo! Mesmo sem compreender a ordem, o discípulo cumpriu e empurrou a vaquinha no precipício. E ficou pensando e refletindo sobre a maldade do sábio em mandar matar a única fonte de subsistência daquela pobre família. Aquilo não saiu da cabeça do discípulo durante muitos anos.
Alguns anos depois, passando pela mesma região, o discípulo lembrou – se da família e do episódio da vaquinha. Resolveu voltar àquela casinha e… SURPRESA!! No lugar da pobre casinha havia uma bela casa. Um pomar ao redor. Várias cabeças de gado. Um trator novo. Na porta avistou o mesmo pai – agora bem vestido, limpo e saudável. Logo apareceram a mulher e três filhos – todos bonitos e aparentando saúde e felicidade!
Quando o discípulo perguntou a razão de tanta mudança nesse últimos anos e o pai da família responde: a gente tinha uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Sem a vaquinha a gente teve que se virar e fazer outras coisas que nunca tínhamos feito. Começamos a plantar, criar animais, usar nossa cabeça para sobreviver e daí a gente viu que era capaz de fazer coisas que nunca tínhamos imaginado e de conseguir coisas que a gente achava impossível porque nunca havíamos tentado fazer. Sem a vaquinha, a gente foi à luta e só tínhamos essa alternativa “lutar para vencer!”