Bahia

Avicultura sofre impactos com a greve dos caminhoneiros: vai faltar milho e aves podem morrer

Plantel em São Gonçalo, devido a greve, deverá deixar de produzir 500 a 600 toneladas de frango.

Rachel Pinto

A greve dos caminhoneiros, que chegou ao quarto dia, está impactando vários setores do comércio e da economia. Em Feira de Santana faltam combustíveis em alguns postos, o Centro de Abastecimento e supermercados sentem o reflexo da falta de mercadorias, assim como o setor de avicultura já está em alerta para os possíveis prejuízos.

Patrícia Nascimento, diretora executiva da Associação Baiana de Avicultura, disse que nesta sexta-feira (25) faltará milho para alimentação das aves nos plantéis da região. Segundo ela, o milho e o sorgo, que são a base da alimentação das aves, não estão chegando aos criadouros devido a greve e com o pouco estoque de alimentos, a tendência é que os animais morram.

Ela pontuou que a Associação Baiana de Avicultura está mantendo contato com a Associação Brasileira de Proteína Animal e buscando amparo de todas as associações de outros estados para juntas tentarem tomar providências e diminuir os impactos da greve.

“Foi instalado um comitê de crise em São Paulo e os representantes estão inclusive conversando com senadores, deputados e com o próprio gabinete da presidência para tentar resolver essa situação. Temos associados que até se sexta-feira não devem ter mais milho. O desabastecimento é eminente, como o possível aumento do valor dos produtos, assim como tem acontecido com frutas e legumes”, relatou.

Patrícia acrescentou que entre Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus existem cinco frigoríficos que são responsáveis por 50% da produção avícola do estado. Nesta sexta-feira o plantel da Seara, do município de São Gonçalo devido a greve deverá deixar de produzir 500 a 600 toneladas de frango. “Os funcionários infelizmente terão que ficar em casa”, comentou.

A diretora executiva salientou que os prejuízos do setor são incalculáveis e que a Associação Baiana de Avicultura apoia o movimento dos caminhoneiros, mas está preocupada com o processo produtivo. Ela frisou que a categoria e o setor estão inteligados.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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