4º dia de protesto

Com mercadorias paradas nas estradas, comerciantes reclamam de prejuízos e alimentos são vendidos a preços baixos

Há desabastecimento de alimentos em supermercados e falta de gasolina em postos de combustíveis.

Andrea Trindade

O protesto dos caminhoneiros entrou no quarto dia, nesta quinta-feira (24) em todo o país. Em Feira de Santana o movimento permanece forte na Avenida Transnordestina (BR-116 Norte), próximo à passarela Conceição Lobo, no bairro Cidade Nova.

Mesmo com decisões do governo de retirar a Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o óleo diesel e de reduzir o preço dos combustíveis por 15 dias, a categoria segue com a paralisação nacional e diversos setores da economia já sentem os efeitos da greve por conta dos prejuízos. Até mesmo aeroportos estão sendo afetados (veja aqui) e há desabastecimento de alimentos em supermercados e falta de gasolina em postos de combustíveis.

O comerciante do Centro de Abastecimento, Boniek Bonfim, disse que o prejuízo que está tendo passa de 60 mil reais. "Tem um caminhão vindo do Espírito Santo que está desde segunda-feira parado com ovos, repolho e alho, e tem frutas de juazeiro que estão presas aqui em Feira, na Cidade Nova. São goiabas, melão, uva. A gente se preveniu e estocou e estamos dando prioridade a refeitórios de hospitais, praça de alimentação do shopping e as churrascarias dos postos de gasolina. Hoje posso dizer que tem clientes ligando para mim perguntando se eu tenho ovos, por exemplo, e eu não posso vender. Prejuízo puro", lamentou.

O dono de caminhão e motorista Walter Nunes, disse que tentou levar a mercadoria em um carro menor, mas não conseguiu. “Estou vindo de Petrolina para comercializar no Centro de Abastecimento, mas não consegui. Há mais de 11 anos a gente fornece manga, acerola, goiaba, caju para o Centro de Abastecimento. A carga quase toda já está perdida. Se a greve permanecer vais ser jogada fora. O caju, a uva e a goiaba madura já está praticamente toda perdida”, enfatizou informando que não tem dinheiro para pagar o prejuízo de R$ 30 mil reais e vai tentar negociar com os proprietários.

Fotos: Ed Santos/Acorda Cidade

Um outro motorista, que comercializa quiabo conseguiu vender o saco a R$ 10. O preço normal varia de R$ 70 a R$ 80.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
 

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