Feira de Santana

Associação entra com ação no MP e pede investigação sobre reajuste da gasolina em Feira

De acordo com o presidente da associação, o advogado Magno Felzemburg, o objetivo é que se faça uma investigação para saber se os valores cobrados são justos e se existe combinação de preços.

Daniela Cardoso

O valor do preço da gasolina nos postos de combustíveis em Feira de Santana tem sido alvo de muitas reclamações nos últimos dias. Os consumidores reclamam do alto reajuste repentino e também do fato da maioria dos postos aumentar os preços ao mesmo tempo.

Diante de tantas reclamações, a Associação de Defesa e Proteção dos Consumidores da Bahia (Protege) entrou com ação civil pública contra as redes de postos de combustíveis de Feira de Santana. De acordo com o presidente da associação, o advogado Magno Felzemburg, o objetivo é que se faça uma investigação para saber se os valores cobrados são justos e se existe combinação de preços.

“Com a polêmica na cidade sobre essa questão do preço do combustível, tivemos um aumento repentino, sem nenhuma justificativa, chegando a R$ 4,57. As oscilações de preço na Petrobrás não justificam um aumento real a mais no preço final do combustível, então a iniciativa foi represar o Ministério Público do Estado da Bahia para que se faça uma investigação na questão da combinação de preços, pois todos os postos mudam de preço no mesmo momento para mais ou para menos. Queremos saber a justificativa para esse aumento, queremos saber se esse preço é abusivo ou não”, afirmou.

O advogado lembra que em Salvador já foi feito um ajustamento de conduta assinado por donos de postos que se comprometeram a não alinharem o preço dos combustíveis e que agora está se apurando o descumprimento desse acordo. Em Feira de Santana, os próximos passos, segundo informou, são as solicitações de informações e documentos necessários para que se possa chegar a uma conclusão do que está acontecendo.

“Nossa promotora aqui em Feira deve tomar as providências necessárias e instaurar o procedimento. O MP dispõe dos dispositivos suficientes para se chegar a conclusão se esses valores são abusivos ou não e se há combinação. Hoje, por exemplo, a maioria dos postos reduziram o preço da gasolina em 20 centavos e todos fizeram isso juntos”, disse.

Enquanto a investigação está sendo realizada, Magno Felzemburg informa que a Protege lançou uma campanha para que o consumidor consuma menos gasolina.

“Consumir somente o necessário. Eu também estou fazendo isso e estou tendo respostas positivas nas redes sociais. A gente precisa pressionar os donos de postos e eles precisam pressionar as distribuidoras. O consumidor precisa de um preço justo”, defendeu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade