Eleições 2016

Especialista explica como é feito o cálculo para a eleição de um vereador

Na urna, os eleitores vão digitar cinco números para escolher seu candidato a vereador. Os dois primeiros números são sempre o do partido do candidato.

Danillo Freitas

Neste domingo (2), os eleitores feirenses vão às urnas para eleger o prefeito e 21 vereadores. Para o primeiro cargo a eleição é majoritária, ganhando quem tem a maioria dos votos. No caso dos parlamentares da Casa da Cidadania, o sistema é proporcional e os escolhidos são definidos após alguns cálculos.

Na urna, os eleitores vão digitar cinco números para escolher seu candidato a vereador. Os dois primeiros números são sempre o do partido do candidato. O número do partido é importante, isso porque são pelos partidos ou coligações que são divididas as cadeiras no Legislativo.

Assim, para vereador, é possível votar tanto no candidato, com seu número de candidatura, como na legenda com que o eleitor se identifica (digitando apenas dois números). Entretanto uma palavra pouco conhecida deixa muita gente na dúvida, pois existem candidatos bem votados que nem sempre conseguem uma cadeira na Casa. O quociente eleitoral é uma oportunidade que visa garantir a minoria pelo menos um acento na Câmara.

Para calcular o quociente eleitoral, divide-se o número de votos válidos (sem brancos e nulos) pelo número de cadeiras em disputa. Se forem 100 mil votos e dez cadeiras em disputa, por exemplo, o quociente eleitoral é 10 mil, como explicou ao portal Acorda Cidade o advogado especialista no tema, Joabs Ribeiro.

“Na hora da totalização dos votos, a Justiça Eleitoral exclui os votos brancos e nulos para fazer a divisão das vagas, calculando o chamado quociente eleitoral. Tudo é feito pelo computador. É o número de votos que cada partido ou coligação precisa alcançar para conseguir uma cadeira no Legislativo”, disse Ribeiro,
Como a divisão geralmente produz números quebrados, sobram algumas vagas que são divididas por meio de outra conta, que inclui apenas os partidos que obtiveram cadeira na primeira fase.

Joabs explica que no cálculo das sobras, divide-se o número de votos do partido ou coligação pelo número de vagas conquistadas na primeira fase, mais o número 1. Ganha a vaga o partido que obtiver a maior média na divisão. A divisão das sobras é feita várias vezes até que todas as cadeiras sejam preenchidas.

Após os dois cálculos, chega-se ao número de cadeiras por partido. São considerados eleitos os primeiros candidatos de cada partido ou coligação. Como as vagas são divididas pelos partidos ou coligações, nem sempre os candidatos que recebem mais votos acabam eleitos.

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