Rachel Pinto
O desfile cívico do 2 de julho, data em que é celebrada a Independência da Bahia, homenageou a heroína feirense Maria Quitéria no distrito que leva o seu nome, em Feira de Santana.
A homenagem contou com participação de escolas do distrito, Exército, Marinha e representantes da comunidade.
O bispo emérito Dom Itamar Vian, participou da celebração da missa e destacou a importância do 2 de julho. Ele disse que a independência do Brasil nasceu na Bahia e todos devem louvar e agradecer a Deus pela liberdade. Dom Itamar destacou o valor de Maria Quitéria enquanto um símbolo de luta, persistência e dedicação a serviço do povo.
"Maria Quitéria é um símbolo, uma referência de uma pessoa que lutou bem convicta daquilo que estava assumindo diante de um momento histórico que ela viveu. E diante disso e do momento histórico que nós vivemos as realidades são diferentes, mas cada um de nós deveria pensar que é responsável pelo bem do país e da comunidade através da honestidade em um serviço que possa levar as pessoas a viverem mais felizes", completou.
Para o prefeito de José Ronaldo, a iniciativa da homenagem contribui para a preservação da história e traz para os jovens bons exemplos. "A sociedade de Feira de Santana presta uma homenagem à sua heroína e a todos os que lutaram pela independência da Bahia no 2 de julho. O hoje e o amanhã são importantes, mas não podemos viver sem preservar a nossa história", pontuou.
Um dos idealizadores do desfile cívico no distrito de Maria Quitéria, o ex-combatente Antônio Moreira disse que sempre teve vontade que o desfile se realizasse. Ele contou que teve o apoio de outras pessoas e o desfile foi realizado pelo segundo ano consecutivo.
"Esse ano estamos realizando pela segunda vez. Estamos comemorando a única heroína baiana, uma soldado mulher. A primeira soldado do Brasil, das américas e segunda do mundo: Maria Quitéria", enfatizou.
A professora Lélia Fernandes, que fazia parte dos desfiles de 2 julho em Salvador, conta que sempre via representações descontextualizadas de Maria Quitéria. Certa vez ela viu uma atriz de Salvador representar a heroína e uma pessoa dizer que ela era natural de Cachoeira. Inconformada, a professora fez questão de desfazer o equívoco e daquele episódio em diante se comprometeu a representar Maria Quitéria a partir de sua terra natal.
"De 50 nomes que formaram toda a história do Brasil só temos cinco nomes da Bahia e Maria Quitéria é um desses nomes. No dia que o feirense entender quem foi Maria Quitéria para a história libertação do povo brasileiro tudo vai mudar para Feira de Santana e para a Bahia. Faço questão de trazer uma memória de uma heroína que pertence ao povo feirense, mas o povo feirense precisa abraçar essa heroína que é conhecida mundialmente", finalizou.
Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.