Laiane Cruz
A participante do The Voice Brasil, Paula Sanffer, nascida e criada no bairro Rua Nova, em Feira de Santana, participou do programa Acorda Cidade nesta segunda-feira (26), na Rádio Sociedade, onde falou sobre o processo de seleção para o reality musical e a sua expectativa com relação ao programa.
A candidata do time de Carlinhos Brown contou que no início não acreditou que seria selecionada para o The Voice, mas mesmo assim decidiu se inscrever e algum tempo depois recebeu ligação da produção perguntando se ela poderia participar de uma triagem em Salvador, onde pessoas de diversos estados como Recife, Aracaju, Alagoas também estavam presentes.
Ainda sem acreditar que teria passado da primeira fase, foi chamada para uma conversa com psicólogos do programa. Depois de um mês recebeu uma ligação para ela ir para o Rio de Janeiro participar de uma nova triagem. “Tinha 60 pessoas e somente 48 ficaram. Voltei para Feira, cheia de esperança e depois de um mês recebi uma nova ligação informando que eu participaria das gravações do programa”, contou a participante.
Segundo Paula, o que o The Voice oferece para os artistas é algo fantástico. “Nunca fui tão bem tratada, desde o momento em que pego o voo, até a entrada do hotel e o Projac. E eu queria que muitos artistas tivessem esse privilégio. Eu estou aqui representando Feira de Santana, os cantores que não têm a oportunidade de participar de eventos grandes e serem contratados para cantar em festas, pois eu também nunca tive. Quando você sobe naquele palco é uma grande responsabilidade, e eu não somente cantei, consegui passar aquela emoção”, relatou.
Paula Sanffer contou que a próxima etapa será a batalha. Ela vai cantar com um concorrente do sexo masculino ou feminino, que também faz parte do time de Carlinhos Brown, o qual irá escolher a pessoa que vai continuar no time. O candidato que não for selecionado por Brown terá a chance de continuar caso algum dos outros jurados queira escolher o artista para o seu time. Se isso não acontecer, o candidato será eliminado do programa.
História
Paula nasceu em um lar cristão e desde os 7 anos canta em igreja. Depois começou a participar de alguns festivais de música sacra gospel. Participou do concurso Vozes da Terra por duas vezes, ganhando o prêmio de melhor intérprete. Foi convidada pelo governo municipal, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, a participar das Divas, do Natal Encantado e teve também a oportunidade de cantar na Micareta 2015 no palco quilombola, onde ganhou o troféu Oscar Folia.
“As coisas têm andado muito tranquilamente e o The Voice me aceitou. Mas antes de tudo isso eu sempre cantei em barzinhos, trabalhos em estúdios, faço jingles, e já também já fui backingvocal de Tayrone Cigano e Silvano Sales”, acrescentou Paula sobre sua carreira.
Superação
De acordo com a participante do The Voice, a descoberta de uma doença rara e autoimune, o lúpus, a fez querer lutar pelos seus sonhos. “Fui desenganada pelos médicos e ninguém sabia o que eu tinha. Foi um ano de luta, até que um dia, fui a um hospital e tive um ataque cardíaco. Foi quando disseram que eu estava com lúpus e fiquei internada por 45 dias no Dom Pedro. Depois de 19 dias descobriram que eu estava com a doença. Cheguei a pesar 53 quilos, a voz não saía mais, tive duas tromboses nas pernas e o meu quadro foi muito horrível. Eu vivi aquela situação, mas acreditava que iria sair. Tem dois anos e meio que estou aqui firme e forte. Estou em tratamento, mas não tive recaída e hoje eu não tenho nenhum tipo de obstáculo”, afirmou Paula.