Feira de Santana

Pesquisa aponta tempo gasto por passageiros dentro dos ônibus em Feira

A pesquisa foi apresentada no programa Acorda Cidade, na quinta-feira (5), pelo deputado estadual Zé Neto.

Andrea Trindade

Uma pesquisa de mobilidade urbana realizada pela Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra) em 2014 revelou dados interessantes sobre a forma como a população de Feira de Santana e Região Metropolitana (RMFS) se locomove.

Um dos objetivos da pesquisa é, segundo a Seinfra, conhecer os deslocamentos da população diariamente para que, a partir destas informações, seja possível organizar um banco de dados que servirá para estruturar os projetos de infraestrutura da Região Metropolitana na área de transportes e ocupação do solo.

A pesquisa foi apresentada no programa Acorda Cidade, na quinta-feira (5), pelo deputado estadual Zé Neto. Segundo ele, o estudo realizado por 300 pesquisadores em 16 mil domicílios será entregue aos órgãos interessados em Feira de Santana, e também à prefeitura para que todos tenham conhecimento dos dados.

A pesquisa aponta que o tempo médio de viagem no interior dos coletivos é de 49 minutos, já no transporte individual são 23 minutos e no modo não motorizado 19 minutos.

Vale lembrar que apesar de o tempo médio do deslocamento já no interior dos ônibus do transporte coletivo ser de 49 minutos, o tempo de espera nos pontos, reclamados pela população com frequência ao Acorda Cidade, é de mais de uma hora e meia chegando a ultrapassar duas horas, segundo os passageiros. A pesquisa não analisou o tempo de espera ou atraso dos ônibus, mas ponderou a flutuação horária das viagens que mostra que há quatro picos diários de maior procura pelo transporte a depender do motivo para deslocamento.

Conforme dados da pesquisa, o "motivo escola" apresenta o maior pico por volta do meio-dia, quando os estudantes que retornam para casa se encontram nos coletivos com os que estão indo para a escola. Já no "motivo trabalho", o pico é no início da manhã e final do dia (saída e volta para casa).

Vale ressaltar também que dentre as cidades da RMFS, apenas Feira de Santana possui sistema de transporte alimentado com ônibus para deslocamento entre bairros e para o centro da cidade. As demais cidades usam transporte alternativo: as vans.

Principais meios de locomoção da RMFS

A pesquisa revela que a maior parte da população de Feira de Santana e região usa modos não motorizados para se locomover. Isso porque o principal motivo de deslocamento nos domicílios pesquisados, 38,4%, é educação e trabalho, que juntas somam 77,6% do total de viagens da RMFS.

Os modos não motorizados especificados na pesquisa é deslocamento a pé e com bicicleta. O fato de cidades da RMFS como, por exemplo, Conceição do Jacuípe não ter ônibus urbano no sistema de transporte público influenciou no resultado da pesquisa, fazendo com que fique em terceiro lugar o número de pessoas que usam ônibus para se locomover de casa para o trabalho ou escola na RMFS.

Nas cidades sem ônibus coletivo, além do número alto de pessoas que se deslocam a pé ou com bicicleta de casa para a escola ou trabalho, é alto também o número de pessoas que usam transporte individual, visto que não têm ônibus como opção.

Em síntese, em Feira de Santana e Região Metropolitana lidera o transporte não motorizado (41%), seguido do transporte individual (38,4%) e de transporte público (20,0%). Para os motivos de lazer, saúde e compras, a maior parte usa transporte individual. 

A população terá acesso à pesquisa através de uma apresentação que será marcada e deverá ser feita pelo superintendente da Seinfra, Antônio Peixoto Júnior, responsável pelo trabalho.

Fonte: Acorda Cidade

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