Feira de Santana

Detento foge da prisão com roupa de mulher, mas se arrepende e volta

Outro detento, Diego Alves Vieira, aproveitou a chance e também fugiu

Laiane Cruz

Após fugir do Conjunto Penal de Feira de Santana na noite de domingo (28), o detento Paulo da Silva Alves, 27 anos, se arrependeu e decidiu voltar para o presídio, se entregando na manhã de hoje, por volta das 10h, na Base Comunitária do George do Américo, bairro de sua residência.

O detento foi preso há poucos mais de cinco dias por tentativa de roubo e, segundo o diretor do Conjunto Penal, Edmundo Memeri Dummet, foi levado na noite de ontem para a enfermaria do presídio, após apresentar problemas de saúde. Juntamente com Paulo, estava o detento Diego Alves Vieira, que também recebia atendimento na sala de saúde por ter sido espancado pelos colegas.

(Diego Alves Vieira continua foragido)

“No momento em que o auxiliar de enfermagem saiu para jantar, ele (Paulo) aproveitou esse intervalo e conseguiu arrombar o cadeado da cela dele, tirou o ar-condicionado da sala da administração da ala hospitalar e pulou o muro, aproveitando as roupas que tinha dentro da sala de administração, como uma blusa de mulher, uma bermuda e foi embora”, contou o diretor.

Ainda de acordo com Edmundo Memeri, o outro detento, Diego Alves Vieira, aproveitou a chance e também fugiu. Ele continua foragido e está sendo procurado pela Justiça. “O enfermeiro acabou de jantar por volta 21h e quando voltou ele viu a grade que dá para a cela aberta, viu o ar condicionado no chão e aí já acionou os agentes da Polícia Militar e da civil, que fizeram buscas, mas por ser à noite, cerca de 30 ou 40 minutos depois da fuga, infelizmente tinha pouca possibilidade de acharem os presos”, disse.

Memeri acredita que o detento que retornou tomou essa decisão por causa dos problemas de saúde que vem enfrentando. “Ele estava com um processo nos rins, com bastante dificuldade de urinar, estava com uma sonda, quase com necessidade de fazer hemodiálise, tinha ido pra hospital e tinha sido liberado. Ele sabia que não ia ter atendimento médico do lado de fora. O atendimento médico que ele estava tendo aqui no presídio é que estava salvando a vida dele. Então ele preferiu a vida à liberdade”, finalizou.
 

As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.

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