Andrea Trindade
Apontado pela Polícia Civil como acusado de ter atirado no empresário Gil Marques Porto, morto no dia 21 de maio deste ano, em Feira de Santana, Eliomar Alexandre Rocha Nunes se apresentou na manhã desta segunda-feira (25), na Delegacia de Homicídios, localizada no Complexo de Delegacias, no bairro Sobradinho.
De acordo com a polícia, há um mandado de prisão preventiva contra ele, uma vez que, de acordo com a delegada Dorean dos Reis, Eliomar, também conhecido pelos apelidos Galego, Quinho e Bunda Branca, executou o empresário, a mando dos mentores Ailton Nascimento da Silva, cabo da Polícia Militar, e Gregório dos Santos Teles, ex-agente penitenciário, que já estão presos.
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Eliomar também é acusado de ter praticado cerca de oito homicídios durante a greve da Polícia Militar. Acompanhado pelo advogado Bender Nascimento, o acusado nega todas as acusações feitas contra ele.
“Alexandre nega a todo momento a participação ou mesmo a autoria deste crime que está sendo imputado a ele. Ele disse que no dia do crime não tem relatos precisos porque para ele foi um dia comum. Entretanto ele descreve um percurso que fez no momento do crime, que inclusive tem câmeras”, disse o advogado que também foi constituído para defender o cabo Ailton.
Apesar de ter se apresentado espontaneamente, Eliomar não foi ouvido ainda pelos delegados João Uzzum, Dorean Soares e Ricardo Brito, que estão em Salvador participando de uma assembleia da Associação de Delegados. Eliomar ficou custodiado no Complexo de Delegacias e será apresentado nesta terça-feira (26), às 9h.
“Eu acompanhei a todo instante o depoimento do cabo Ailton e em momento algum ele apontou Eliomar como participante do crime. Eliomar não tem envolvimento com nenhum terreno ou imobiliária, logo não existe motivação para ele ter participado de um crime de tamanha gravidade”, ressaltou o advogado.
Em relação à acusação dos oito homicídios praticados durante a greve, o advogado também fez declarações em defesa do cliente: “Ele está bastante abalado, mas veio se apresentar espontaneamente e apesar do direito constitucional de permanecer em silêncio ele vai explicar ponto a ponto essa situação. Primeiro porque recentemente ele foi preso acusado de praticar oito homicídios durante a greve da Polícia Militar nesta cidade. Entretanto, a sua defesa técnica demonstrou que não foram levados ao processo provas do envolvimento dele em nenhum destes crime, logo, ajudamos a Justiça a se convencer de que a liberdade provisória dele é a medida que se empunha e nove dias depois ele foi liberado”.
Bender Nascimento também informou que Eliomar é amigo do cabo Ailton, mas, em relação a Gregório, apenas o conhecia, sem manter relação de amizade.
Informações do repórter Aldo Matos do programa Acorda Cidade