Daniela Cardoso
Os médicos que trabalham no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Feira de Santana pedem a exoneração da coordenaora do serviço, Maisa Macêdo e ameaçam uma demissão coletiva, caso isso não ocorra. Eles deram o prazo até o dia 25 deste mês e segundo Francisco Magalhães, presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia, o prefeito José Ronaldo de Carvalho já foi informado.
Ele relata que a coordenadora do Samu começou a ter uma postura arrogante e agressiva, não só com os médicos, mas com os outros funcionários. Segundo Francisco, a postura de Maisa culminou com uma agressão a uma funcionária, que chegou a ser demitida, o que segundo ele, deixou os médicos muito irritados.
“Os médicos colocaram a condição que se ela não for exonerada, eles não continuarão no serviço e pedirão demissão coletiva. Eu acho que quando a pessoa trabalha dentro de uma condição boa, funciona tudo muito bem, mas não está acontecendo isso no Samu de Feira de Santana”, afirmou.
Outra questão levantada pelo presidente do sindicato dos Médicos é a regionalização do Samu. Ele afirmou que as cidades que fazem parte desse processo não têm condições para dar suporte aos pacientes e que Feira de Santana terá grandes prejuízos. Segundo Francisco Guimarães, os médicos acreditam que Maisa tem forçado a regionalização.
“Esperamos que o prefeito tenha bom senso. É bom deixar claro que a insatisfação não é apenas por parte dos médicos, mas eles que deixaram claro suas posições. Está chegando a uma determinada situação que precisamos ter uma decisão”, declarou.
Em nota pública enviada a imprensa, os médicos do Samu relataram suas insatisfações e afirmaram que a substituição da atual Coordenação Geral é condição
sine qua non para a permanência do grupo no serviço. Veja um trecho da nota.
"Nós, médicos do SAMU de Feira de Santana, levamos ao Exmo. Prefeito José Ronaldo de Carvalho nossa insatisfação, solicitando ao mesmo a substituição da Coordenação Geral do SAMU. Entendemos o quanto a atual Coordenadora, Maíza Macedo, foi imprescindível para a implantação e organização do serviço, diante da sua competência técnica, porém mais de oito anos se passaram, e como em todas as esferas públicas, após tantos anos a renovação é válida e salutar. Uma mudança de paradigmas é necessária para se alcançar a tão sonhada excelência do nosso serviço. Diante do exposto, nós, médicos do SAMU de Feira de Santana, entendemos que a substituição da atual Coordenação Geral é condição sine qua non para a permanência do grupo no serviço, pois só assim mudanças reais e permanentes acontecerão amplamente no SAMU. Sendo assim, mantemos a decisão de entregarmos nossos cargos no dia 25 de fevereiro, caso não haja uma resolução desses problemas. Renovando nossos votos de estima à população feirense, manifestamos nosso pesar em relação à possível demissão coletiva, e reafirmamos que nosso maior objetivo é construir um serviço melhor para a nossa cidade. Contamos com a compreensão de todos, e mesmo que não mais façamos parte do SAMU de Feira de Santana a partir de 25 de fevereiro, continuaremos apontando os problemas e buscando soluções em prol de melhorias para a “Saúde” do nosso município".
A equipe do Acorda Cidade tentou contato com a coordenadora Maisa Macêdo, através do telefone, mas o celular dela estava desligado.