Polícia

Mulher é torturada e mantida em cárcere privado por 4 meses em Feira de Santana

Segundo a polícia, o ex-companheiro da vítima é o acusado de torturar, violentar e manter Renata em cárcere privado.

Andrea Trindade
 
Durante quatro meses, Renata Barbosa, 26 anos, passou dias terríveis sob o domínio do ex-companheiro Deleon Vitória de Santana, de 32 anos. Segundo a polícia, ele é acusado de torturar, violentar e manter a vítima em cárcere privado por quatro meses, em Feira de Santana. Renata conseguiu fugir na última quinta-feira (13), após ficar trancada em uma casa no bairro George Américo, desde outubro do ano passado. 
 

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
 
Deleon foi preso ontem (17), após denúncia, e já foi encaminhado para o Conjunto Penal de Feira de Santana. A delegada Clécia Vasconcelos relatou ao Acorda Cidade que ele esteve preso em julho de 2013 após ameaçar Renata, mas no final de setembro foi liberado e no mês seguinte a levou para o cativeiro. A Lei Maria da Penha determina que a vítima seja informada imediatamente quando o agressor é solto, mas isso não aconteceu. Segundo a delegada, nos momentos de tortura, ele ligava o aparelho de som no volume máximo. 
 
“Não havia vizinhos por perto. Ele era muito frio e fez tudo planejado. Deleon praticou todos os tipos de atrocidades que um ser humano podia suportar como por exemplo, chutes na barriga quando ela estava grávida, perfurava todos os dias um dos olhos dela com um garfo, provocando cegueira e retirava os dentes com alicate”, relatou a delegada ressaltando também a agressão psicológica que a vítima sofria.
 
Renata também contou os momentos de tortura que passou durante esse tempo: “Ele cortou meu cabelo e meu rosto e sempre usava faca para me agredir. Furou meu olho com um garfo e quando eu estava grávida, eu quase perdi o bebê por causa das agressões. Eu não fugi antes porque eu tinha medo e ele me ameaçava. Eu ficava trancada e ele levava a comida. Não tinha como sair. Tenho uma filha com ele e às vezes ela presenciava as agressões”, relatou.
 
  
Foto: Luis Tito/ A Tarde

A família não desconfiava da situação de cárcere, segundo a delegada, porque o agressor ligava para os parentes e dava o celular para Renata informar que estava bem. 

Veja vídeo
 

Informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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