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O Serviço de Segurança da Ucrânia divulgou nesta sexta-feira (18) conversas telefônicas que teriam sido mantidas por separatistas pró-Rússia e oficiais de inteligência militares de Moscou nas quais admitem ter derrubado o avião que caiu nesta quinta-feira (17) no leste do país.
Não foi possível confirmar a veracidade da gravação de maneira independente. O voo MH17 da companhia Malaysia Airlines caiu com 298 pessoas a bordo no leste da Ucrânia. Segundo autoridades americanas, a aeronave aparentemente foi derrubada por um míssil terra-ar. Ucranianos e russos se acusam pela derrubada da aeronave.
Uma das ligações teria sido feita às 16h40 locais, no horário de Kiev, cerca de 20 minutos após a queda do avião. Segundo os serviços ucranianos, ela foi feita por Igor Bezler – identificado como um agente de inteligência militar russo e um dos principais comandantes separatistas da autoproclamada República Popular de Donetsk, segundo o jornal ucraniano “Kyiv Post”.
“Nós acabamos de derrubar um avião. Foi o grupo de Miner. Ele caiu perto de Enakievo”, diz Bezler na gravação divulgada pela agência ucraniana. O líder separatistas diz que a queda ocorreu cerca de 30 minutos antes.
A segunda ligação interceptada ocorre aparentemente entre dois militantes, apelidados de “major” e “grego”, logo após uma inspeção no local da queda. “É um avião 100% de passageiros”, diz ‘major’ na gravação. Ele admite não ter visto armas no local da queda. “Absolutamente nada. Itens civis, itens médicos, toalhas.”
Na terceira parte da conversa o comandante cossaco Nikolay Kozitsin fala com um militante não identificado e sugere que o avião poderia estar carregando espiões.
“Sobre o avião que foi derrubado na área de Snizhne-Torez. É civil. Caiu perto de Grabove. Há vários corpos de mulheres e crianças”, diz o homem não identificado. “Na TV disseram que é um avião de transporte NA-26, mas disseram que está escrito Malaysia Airlines nele. O que ele estava fazendo no território ucraniano?”, questiona.
“Isso significa que ele estava carregando espiões. Eles não deveriam estar voando aqui. Há uma guerra em andamento”, afirma Kozitsin na gravação. As informações são do G1.