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Agência Brasil – O número de mortos nas Filipinas pela passagem do tufão Mangkhut aumentou para 74. Esse número, no entanto, pode ser maior pois as equipes de resgate fazem trabalhos de busca por dezenas de pessoas soterradas em uma mina abandonada devido aos deslizamentos de terra. Há ainda 55 desaparecidos e 74 feridos vítimas do maior tufão da temporada que arrasou o norte da ilha de Luzon, segundo os últimos dados oficiais da Polícia Nacional.
A maioria das vítimas foi registrada na cidade de Itogon, província de Benguet, onde as fortes inundações e os deslizamentos de terra deixaram soterrados uma mina de ouro e quatro abrigos onde alguns mineiros e suas famílias viviam ilegalmente.
Com o progresso do trabalho de resgate, 39 mortes foram confirmadas, enquanto o prefeito de Itogon, Vitorio Palangdan, disse aos jornalistas locais que há ainda cerca de 65 pessoas desaparecidas, soterradas a aproximadamente 300 metros de profundidade.
De acordo com o prefeito, as autoridades tentaram retirar essas famílias antes da chegada do tufão, mas elas se recusaram a sair, achando que estavam seguras no local.
Medidas emergenciais
Essa mina de ouro estava fechada desde 2009 após um acidente, embora os mineiros que ficaram sem trabalho a explorassem irregularmente em pequena escala.
Em decorrência da tragédia, o Departamento de Meio Ambiente anunciou a proibição das atividades de mineração ilegal em pequena escala em toda a região administrativa de Cordillera, onde Itogon está localizada.
O presidente filipino, Rodrigo Duterte, visitou ontem (17) os familiares das vítimas de Itogon e entregou a cada um deles um cheque de 45 mil pesos filipinos (cerca de US$ 830) e artigos de necessidade básica e ajuda para sepultar seus entes queridos no valor de 25 mil (cerca de US$ 461).
Três dias depois da passagem do devastador Mangkhut – que nas Filipinas é chamado de Ompong -, mais de 20 mil pessoas ainda estão fora de suas casas, enquanto aquelas diretamente afetadas pelo tufão somam 590 mil.