Guerra

Médica feirense deixou Israel horas antes dos bombardeios: 'Livramento'

Ao Acorda Cidade, Fernanda contou que só ficou sabendo dos ataques quando chegou ao Brasil.

Fernanda Reis
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Natural de Feira de Santana, a médica especialista em medicina preventiva e cuidados paliativos, Fernanda Reis, participou do Programa Acorda Cidade, pela Rádio Sociedade News, na manhã desta terça-feira (10).

A médica estava na última semana em Israel, viajando a passeio e retornou para o Brasil, nas primeiras horas da manhã de sábado (7), pouco tempo antes do início da guerra que ocorre no país.

Um grupo extremista islâmico armado, o Hamas bombardeou Israel em um ataque surpresa, considerado um dos maiores sofridos pelo país nos últimos anos.

Ao Acorda Cidade, a médica relatou que incialmente Israel não seria o seu destino principal, mas de última hora, decidiu viajar para o Oriente Médio.

“Eu sempre viajo, é um hábito conhecer novas culturas, novas experiências e sempre costumo escolher os destinos, eu que monto o roteiro, inclusive faço viagens sozinhas, mas Israel foi uma viagem um pouco diferente, pois não estava nos meus planos, porém de acordo com algumas coisas que vinham acontecendo, eu vinha me conectando um pouco mais com Deus, e pesquisando uma passagem para a Indonésia ou Tailândia, mas não estava encontrando milhas aéreas. Algo na mente dizia, ‘coloca Israel’, e encontrei uma oportunidade e resolvi comprar a passagem, montei todo o roteiro, principalmente no foco religioso, para fazer ao máximo, os passos de Jesus. Foram nove dias de viagem, sendo que por sete dias eu fiquei em Israel e dois dias na Jordânia”, explicou.

Segundo a médica Fernanda Reis, o país seguia a rotina como um dia qualquer, pois ninguém imaginava o que poderia acontecer.

“Tudo estava tranquilo, até mesmo na hora que eu saí de Israel para pegar o voo, estava tudo normal, não tinha nenhum vestígio que algo poderia acontecer, inclusive na cidade de Jerusalém, é possível encontrar vários soldados, mas isso é normal, então a pessoa consegue observar a presença deles a todo instante. Inclusive eu fui na Palestina, atravessei, fui lá, e para quem não sabe, Belém é a cidade onde Jesus nasceu e fica lá na Palestina e foi muito tranquilo”, pontuou.

Ao Acorda Cidade, Fernanda contou que só ficou sabendo dos ataques quando chegou ao Brasil.

“No sábado eu saí de lá por volta das 5h da manhã e se não estou enganada, os bombardeios começaram por volta de 6h30. Então no horário que eu saí de lá, fui direto para o aeroporto, atendimento normal, fluxo normal, fiz a conexão em Madri, inclusive a conexão foi muito rápida e eu só tinha 30 minutos para sair de um avião e entrar no outro ou então perderia. Até este momento, eu não estava sabendo de nada, somente quando cheguei ao Brasil, fiquei sabendo do que já estava acontecendo lá”, relatou.

Segundo a médica Fernanda Reis, o primeiro sentimento ao saber da tragédia que estava acontecendo, foi um sentimento de indignação, em saber que um local sagrado, estava sendo alvo de ataques.

“Viajar para Israel foi uma experiência muito sobrenatural, eu fui buscando algo e encontrei, encontrei até mais do que esperava. Seu eu pudesse resumir tudo nesta viagem que passei sete dias, era como se eu estivesse sentada ali com Jesus Cristo e ouvindo tudo que precisava ouvir. Quando cheguei aqui no Brasil que fiquei sabendo do que estava acontecendo, acredito que o sentimento inicial era de indignação, pois um local tão sagrado, um local tão especial, de paz, principalmente pelas experiências que eu tive e me questionava, meu Deus, não é possível que isso está acontecendo em um local tão sagrado. Então entendi também que devemos ter a compaixão, orar pelos israelenses, orar pelos palestinos, tantas e tantas pessoas inocentes que ali estão envolvidas, pois entendo que guerra é um processo de burrice, algo que a gente nem consegue acreditar que isso possa acontecer nos dias de hoje”, declarou.

Com o livramento, a médica contou no Programa Acorda Cidade, que se ainda estivesse em Israel, não iria saber como reagir.

“Foi um livramento e cheguei ao ponto de imaginar: se eu estivesse lá, o que eu iria fazer? Foi uma viagem que eu programei sozinha e de última hora, duas colegas também médicas resolveram ir, então tive companhia, mas são pessoas que não tinham experiências em viagens, como eu já tenho um pouco mais. Eu não sei para onde iria, o que eu faria, até porque eu fiquei hospedada em Tel Aviv, uma rua atrás on prédio foi atingido por um dos primeiros mísseis, então começo a pensar, meu Deus, que livramento, então é agradecer a Deus e orar por todos que estão lá neste momento”, concluiu.

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Marcos Lucas

As forças armadas do nosso país deveria ir para a “faixa de gaza” ensinar a Israel como prender terroristas sem disparar um único tiro como fizeram dia 08/01 aqui no Brasil.

Jucineide Silva

Muita gente falando em livramento. Quer dizer que Deus livra uns e mata centenas … ?
Que visão as pessoas tem de Deus. ? Deus que escolhe quem se lasca e quem sai de boa.