A Superintendência de Prevenção à Violência da Secretaria de Segurança Pública (SSP) já realizou quase 300 atendimentos durante os dois primeiros dias da Micareta de Feira de Santana. De acordo com a major Denice Santiago, superintendente de Prevenção à Violência da SSP, um dos temas mais abordados durante as orientações é a violência contra a mulher, além do assédio praticado por foliões durante a festa.
Ela informou que no total ocorreram 283 atendimentos, distribuídos mais de mil folhetos, além de informações e orientações.
“Infelizmente, festas populares como essa trazem uma cultura muito arraigada, muito perversa, da permissividade de invasão do corpo da mulher, de domínio da mulher, quando há uma relação já pré-existente, homens que durante a festa tendem a ser violentos, usam de violência psicológica, patrimonial e física durante os festejos, batendo, puxando o cabelo, mas há também aqueles que não têm nenhuma relação e querem apalpar a mulher, puxam e querem beijar à força, passar a mão no corpo da mulher, e isso é crime de importunação, e o que nós escutamos nos postos são diferentes dos dados que a Polícia trazem, porque as pessoas ainda não se conscientizaram da necessidade da denúncia, de darem um basta neste ciclo de violência e também de relatar essa importunação sexual. No Carnaval de Salvador tivemos um aumento no número de registros, e a importância de um posto como esse é também para isso”, salientou.
De acordo com a Major Denice Santiago, o posto da Sprev atua na prevenção à violência, garantia dos direitos humanos, em especial dos grupos em vulnerabilidade social, mas também na valorização dos servidores e da qualidade de vida de todas as forças de segurança.
“A gente trouxe para a Micareta, pela primeira vez, de forma inédita, um posto integrado de prevenção à violência. Trouxemos para próximo de nós as secretarias, que assim como a SSP, são responsáveis pela proteção e pela prevenção da violência juntos aos grupos. A Secretaria de Políticas para as Mulheres, a Secretaria de Promoção da Igualdade e das Comunidades e Povos Tradicionais, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, junto com a SSP, compõem esse posto integrado para dar orientações, fazer encaminhamentos, apreensões, mas sobretudo dar aos foliões informações importantes de como eles também podem nos ajudar a garantir a segurança”, destacou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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