Acorda Cidade
Os blocos afros, de samba, percussivos, e afoxés de Feira de Santana vão receber um importante incentivo por parte do Governo Estadual para a Micareta 2012. Através do Ouro Negro, programa de fomento à diversidade do carnaval baiano do Centro de Culturas Populares e Identitárias, órgão da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), serão apoiadas, este ano, 21 entidades carnavalescas tradicionais da região, 50% a mais do que no ano anterior.
Em 2012, o programa Ouro Negro está presente na festividade feirense pelo terceiro ano. Os blocos selecionados receberão o valor de R$ 10 mil cada, para aquisição e contratação de material, insumos e serviços necessários para a composição da proposta estética e cultural. Carlos de Oliveira, representante da entidade Zumbi dos Palmares, afirma que seria impossível colocar o bloco na rua sem esse apoio: ”Vamos sair com 150 pessoas, um grupo maior de percussão e as fantasias serão gratuitas”.
Além de apoiar o desfile de entidades carnavalescas de matriz africana, o programa Ouro Negro também capacita dirigentes de associações de Feira de Santana em gestão e empreendedorismo, em busca de promover maior visibilidade desses blocos. O Ouro Negro visa à garantia as tradições das culturas de matriz africana e indígena além do incentivar as entidades ao desenvolvimento de ações culturais em suas comunidades.
As agremiações tradicionais que participam do programa na Micareta de Feira se apresentam em um circuito próprio dentro da folia. É o Circuito Quilombola, situado na Avenida João Durval. A festa no município acontece entre os dias 19 e 22 de abril.
CCPI
Criado em agosto de 2011, com o intuito de estimular e apoiar as diversidades da cultura popular e de identidade da Bahia, o Centro de Culturas Populares e Identitárias aporta em Feira de Santana para participar da maior micareta da Bahia. Marca da nossa identidade, a beleza dos blocos afros se espalha nas avenidas durante as festividades carnavalescas em danças, indumentárias, acessórios, turbantes e penteados, no ritmo cadenciado da percussão.
Para fomentar o desfile e contribuir com a sustentabilidade dos blocos que carregam a história de resgate e valorização dos povos tradicionais é que o CCPI viabiliza essa ação que irá apoiar diversas agremiações na micareta feirense. Em 2013, o Centro pretende ainda ampliar o conceito do programa para além de garantir o desfile das entidades. A intenção é apoiar o trabalho dos blocos que se dedicam a ações socioculturais que contribuam para o desenvolvimento das comunidades onde elas foram criadas e para o resgate e a valorização de suas tradições, qualificando ainda mais o programa e as instituições beneficiadas.
Ouro Negro
Criado em 2008, o Ouro Negro é um programa que tem como objetivo democratizar o acesso dos blocos afros, de afoxés, índio, samba, reggae e percussão. A intenção é prezar pela transparência das ações que envolvem a participação destes blocos no carnaval baiano, agilizando principalmente questões ligadas a compromissos e prazos orçamentários.