Daniela Cardoso e Ney Silva
O músico e cantor de Axé, Elder Brasil, se diz insatisfeito com os critérios adotados pela secretaria municipal de Cultura, Esporte e Lazer nas contratações de artistas locais na Micareta 2016. Ele ficou de fora da festa.
“Quais são os critérios que a secretaria de Cultura usa para tirar um músico de 35 anos de serviços prestados a Micareta de Feira de Santana da festa? Eu vivo única e exclusivamente do axé, inclusive tenho portas fechadas por isso. Agora vemos essa grade com nomes que não fazem parte do contexto da festa e eu perdi meu espaço. Isso é muito triste e chega a ser vergonhoso. Eu gostaria de saber quais são os critérios”, disse.
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Elder Brasil disse que fez a inscrição, como todo artista faz, e que independente disso, com o tempo que tem de Micareta, merecia estar presente na festa. “Isso seria um mínimo de respeito por parte dessa secretaria. Ou no palco ou em trio, eu só queria mostrar o meu trabalho. Eu não tenho espaço na minha cidade”, reclamou.
O diretor de eventos da secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, Naron Vasconcelos, contesta o cantor Elder Brasil e afirma que ele não fez a inscrição dentro do prazo estipulado pela secretaria.
“Respeito ele como artista, mas a Micareta não tem horário vitalício de ninguém. Temos dificuldades para fazer a seleção de artistas. Este ano tivemos 171 inscrições de nomes de bandas, onde minha oferta são 52 espaços. Temos bandas de pessoas que vivem da música e mesmo assim são injustiçadas e não tocam. Temos que abrir espaço para novas bandas e eu não tenho obrigação de contratar ele todos os anos. Ele está colocando isso a público, mas a situação foi crida por ele próprio, que perdeu o prazo de inscrição”, declarou.
