Nostalgia

Micareta ontem e hoje: foliões abrem baú de memórias de antigas micaretas

A nostalgia renasce no presente e contribui para o clima de alegria da festa atual.

Rachel Pinto

A Micareta já passou, mas o assunto ainda está em efervescência na cidade. Surgem muitas avaliações sobre a festa, atrações e também sugestões para a festa no ano de 2019.

Foto: Arquivo pessoal

Este ano a Micareta foi bastante voltada para o folião picoca e começa na cidade o retorno das festas de rua, sem cordas e com maior participação popular. A Micareta vem passando por muitas transformações ao longo do tempo e até dividindo muitas opiniões. Há os foliões otimistas, que acreditam que a festa está mudando para melhor, e ainda aqueles que lançam críticas severas ao modelo atual.

O fato é que o assunto Micareta sempre dá “pano pra manga” pra quem gosta e também para quem não gosta da folia. Ao mesmo tempo que vão chegando novos foliões que já se adaptam ao novo formato, existem também aqueles mais saudosistas que têm boas memórias de micaretas passadas.

Foto: Arquivo/Adilson Simas

O Acorda Cidade fez uma enquete nas redes sociais e perguntou aos internautas o que eles mais sentem falta na Micareta de Feira. A interatividade reinou entre os comentários e houve desde sugestões, reclamações até o recebimento de fotos antigas.

Foto: Arquivo/Adilson Simas

Separamos algumas memórias, pensando que o passado também ajuda a construir o presente e a projetar o futuro. Memórias têm o seu valor e quem não tem passado não tem história.

E falando em história, o assunto é com nossos internautas mesmo. A Micareta de 2018 já rendeu boas histórias para muitos, assim como há um leque enorme de relatos sobre as festas passadas.

Foto: Arquivo Pessoal

O mais interessante é ver como a nostalgia renasce no presente e contribui para dar clima de alegria para a festa atual. Seja em um reencontro de amigos, no cantarolar de uma música e no sentimento de propriedade da festa. Sim, somos parte da Micareta de Feira e temos a sensação de orgulho e pertencimento da festa. Com críticas, ressalvas ou não, é inegável que a festa é nossa e faz parte do nosso patrimônio histórico e cultural.

Entre as maiores saudades dos foliões destacaram-se na nossa enquete as festas pré-micaretescas, como o Caju de Ouro e a Noite do Havaí. Eram momentos muito aguardados por aqueles que já entravam no esquema da festa.

Foto: Arquivo/Adilson Simas

Teve também quem sentisse falta da Micareta na antiga Rua Direita, onde as famílias sentavam nas portas de casa para ver os grupos de pessoas fantasiadas e ainda da Micareta da Avenida Getúlio Vargas.

O corredor dos camarotes na Avenida Getúlio Vargas, segundo os internautas, era um momento de grande emoção no circuito. Os blocos também faziam os corações baterem mais forte e entre a lista dos mais relembrados estão: Armação, Qual é? A Tribo, Auê, Da Praça, e Bafo de Baco, em especial o hino do bloco que era cantado pelo cantor Ninha, que levava os foliões à loucura com o refrão: “Meu bloco é tão bonito, você acha eu também acho, Bafo de Baco!”.

Foto: Arquivo pessoal

Os internautas também sentiram falta de enfeites na cidade que remetessem à festa, a arquibancada que tinha na rodoviária, da banda feirense Xeiro Mole, que era comandada pelo jornalista Roberto Kuelho e quando os shoppings faziam a exposição das fotos da festa. Nessa época nem existia câmera digital e ninguém conhecia o termo: “selfie”.

A cantora Ivete Sangalo também foi citada entre os artistas que fazem falta na Micareta. Os internautas comentaram ainda que têm saudade de mais divulgação da festa e de sentirem-se mais atraídos em participar.

Entre tanta saudade e as vivências da Micareta esse ano, fica claro que novos movimentos estão acontecendo. Novos capítulos da festa são escritos e deixam suas marcas para posteridade.
 

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