Daniela Cardoso
Caso a greve da Polícia Militar da Bahia não se encerre até as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (17), a Micareta de Feira de Santana poderá ser adiada. A medida foi discutida na tarde desta quarta-feira (16) em uma reunião entre representantes de blocos e camarotes, o secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Jailton Batista, e o prefeito José Ronaldo de Carvalho.
O prefeito afirmou que a greve é uma preocupação de todos e que a festa não pode ser realizada sem a presença da PM. Segundo ele, uma reunião marcada para as 10 horas desta quinta, será definitiva para a tomada da decisão.
“Não podemos esperar para a última hora para saber se vai acabar ou não essa greve. Isso atrapalha e dificulta o planejamento de uma grade festa. Há uma proposta de transferência para uma nova data e vamos discutir essa mudança. Temos a ideia para junho, mas pode ter outras datas também. A definição total sairá nesta quinta”, destacou.
Eraldo Souza, representando os donos de blocos e camarotes, disse que o entendimento para a nova data deve ser feito em conjunto com todos os setores envolvidos na festa. Ele ressaltou que sem segurança a Micareta não pode ser realizada.
“Uma vida não tem preço. Com o adiamento todos iremos ter prejuízos, mas estamos preocupados com a vida das pessoas. Sem segurança é impossível realizar a festa. Esse é o fator principal. Caso a PM não encerre essa greve hoje, vamos tomar uma decisão junto com a prefeitura para uma nova data. Pra tudo tem jeito, uma solução, o que não podemos é deixar a população em risco”, afirmou.
O secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Jailton Batista, disse que o bom-senso tem que prevalecer. Ele informou que muitas pessoas procuraram a secretaria, preocupadas com a realização da festa.
“Houve fatos desagradáveis relacionados a segurança e essa hipótese de mudança foi levantada. A segurança deve ser preservada e a ideia, caso a mudança seja confirmada, é a realização da Micareta antes do São João”, afirmou.
Jailton lembrou que com a mudança da data, muitas coisas terão que ser revistas, a exemplo das agendas dos cantores já confirmados para a festa, além da estrutura, que já começou a ser montada. “Isso gera transtornos, mas em nome da segurança teria que ser feito”.
As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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