Andréa Trindade
O diretor do Departamento de Eventos, da Secretaria Municipal de Cultura Esporte e Lazer, Naron Vasconcelos, esteve na manhã desta quinta-feira (5), no programa Acorda Cidade prestando alguns esclarecimentos sobre a organização da Micareta.
Durante a entrevista, ele ressaltou que a Micareta de Feira é, depois do Carnaval, o maior evento da Bahia e que por isso tem suas complexidades. Ele disse ainda que organização foi feita com responsabilidade, mas que precisa ter menos influência política.
“A gente às vezes peca não por omissão, mas sim por vontade de acertar e arrojo de realizar. A micareta de Feira hoje necessita urgentemente de ter menos ingerência política para que as coisas venham a acontecer dentro de um conceito técnico”, disse parabenizando o prefeito Tarcízio Pimenta pelas decisões tomadas visando o sucesso da festa.
“Tentaram esvaziar a Micareta este ano e ele, dentro da sua sagacidade como político e gestor, rapidamente promoveu ações para evitar que esse fato acontecesse e com isso a Micareta foi voltada para o povo,” declarou.
De acordo com Naron, neste ano o prefeito teve boa capitalização política porque há muito tempo não tinha uma Micareta com as grandes atrações tocando para o “povão”.
O diretor disse ainda que a festa, em Feira, é a única voltada para o povo enquanto as Micaretas em outras cidades são “Indor” (fechadas).
Outro detalhe que ele destacou é que o governo respeita os blocos e para não prejudicá-los comercialmente sempre deixa para fazer as contratações depois. Este ano aconteceu o contrário por causa de uma situação adversa.
Mudança no Sítio da Festa
Para o diretor de eventos, o local da realização da Micareta não deve ser mais na avenida Presidente Dutra, uma das principais vias do centro da cidade de Feira de Santana. O bloqueio da avenida próximo ao circuito gerou congestionamento em vários locais, principalmente na Avenida Eduardo Fróes da Mota.
“A Micareta deve ser repensada a nível de sítio, inclusive o assunto foi abordado no fórum, além de outras mudanças como a saída do Corredor da Folia (…). O ser humano não é receptivo a mudanças, mas isso terá que ser feito”, disse Naron, alegando que é necessário estudar um local com infraestrutura e preparado para receber a festa de maneira permanente.
Corredor da Folia
Em sua avaliação sobre o chamado “Corredor da Folia”, local onde ficam os camarotes, Naron não concorda com a forma como é estruturado. Segundo ele o corredor discrimina e põe em risco a segurança de foliões.
“Este ano o grande avanço da Micareta foi que, com exceção da Estação Secom Mídia, conseguimos tirar todos os equipamentos do canteiro central. O folião teve confortabilidade, todas as barracas nas laterais e o centro ficou completamente livre. O nosso sítio nunca esteve tão confortável”, assegurou.
Os camarotes podem ser montados apenas de um lado da avenida Presidente Dutra. A mudança vai ampliar o espaço para o folião que não sai em blocos, assim ele poderá assistir o desfile inteiro.