Já nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (22), os barraqueiros que trabalharam na Micareta de Feira de Santana estavam arrumando suas mercadorias e materiais na Avenida Presidente Dutra para o retorno para casa. Muitos deles são de cidades vizinhas e outros são feirenses. Em contato com o Acorda Cidade, algumas barraqueiras fizeram uma avaliação do movimento das vendas durante a folia.
A barraqueira Silvana Matos de Brito, moradora do bairro Pampalona, relatou que trabalha na Micareta há 15 anos. Segundo ela, investiu cerca de R$ 6 mil em mercadorias para vender na festa, mas não vendeu nem R$ 5 mil. Ela considerou que houve desorganização e ficou muita gente vendendo, inclusive sem a licença da prefeitura municipal.
“A venda para mim foi horrível. Como não teve patrocinadora de cerveja, eu comprei de várias marcas. Comprei um pouco de cada. A venda foi horrível e eu atribuo à falta de organização. Chegou todo mundo de vez e colocou onde quis. Nos canteiros, não tinha nem espaço para trabalhar de tanto isopor. Paguei o DAM para trabalhar, paguei R$ 100 e trabalho licenciada. Teve gente que não tinha”, disse.
Silvana contou que comprou as mercadorias no cartão de crédito e também comprou fiado com pessoas conhecidas. Ela pontuou que o que não vendeu vai conversar com os conhecidos depois para pagar uma parte e, depois que vender o restante das mercadorias em outros eventos, pagará tudo que deve.
“Tenho credibilidade, vou ligar para o pessoal, explicar o que aconteceu e falar para esperarem eu vender para pagar. Eu confiei que a festa ia ter o movimento bom como o do ano passado, mas na minha avaliação não foi”, declarou.
Inês Ramos dos Santos, que é moradora de Salvador e trabalhou como barraqueira na Micareta 2024, avaliou que o movimento foi um pouco fraco, mas que ainda assim conseguiu tirar um lucro.
“Cheguei na quinta-feira. O movimento foi meio fraquinho, mas deu para levar. Não investi muito, mas ganhei alguma coisa. A gente também gasta com alimentação, o almoço R$ 20 por dia, o banho que é R$ 4 por banho. Mas, não tenho do que reclamar”, declarou.
Marilza de Jesus, que também é barraqueira e mora em Salvador, observou que o movimento não foi muito animador, mas que faturou um pouco.
“Foi a primeira vez que vendi na Micareta de Feira. Não investi muito, eu vou vendendo e comprando as mercadorias”, finalizou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram