A Micareta de Feira de Santana foi encerrada na noite de domingo (23) e mesmo com o arrastão do cantor Thiago Aquino às 10h desta segunda-feira (24), a maioria dos ambulantes que trabalhou na festa, nas primeiras horas da manhã de hoje, já desmontava as suas barracas para retornar para casa. O circuito Maneca Ferreira foi limpo logo cedo e já inicia movimento de comerciantes.
Em entrevista ao Acorda Cidade, os ambulantes consideraram a Micareta positiva, porém, mais uma vez criticaram a organização da prefeitura.
O ambulante Lucas Maia, que veio de Salvador para vender cerveja na Micareta de Feira, reclamou que pagou R$100 para receber um kit de trabalho da prefeitura e recebeu apenas um produto, uma bancada. Segundo ele, além desse problema, houve também concorrência com ambulantes que não estavam licenciados e venderam bebidas e produtos indiscriminadamente.
“Achei muito desorganizado. Não deram kit, deram só um lugar de colocar o isopor. Não teve patrocinador, mas deu pra vender porque a gente é correria, vai buscar o cliente debaixo do trio. Vou atrás do cliente. Tem muito vendedor que queima preço, não é licenciado e atrapalha a gente.”, afirmou.
Luciene Galiza, que também é de Salvador e trabalhou na Micareta afirmou que a experiência dela com essa Micareta não foi boa. “Fiquei em um lugar que não teve muito movimento. Houve muito vendedor clandestino que ganhou mais do que a gente que pagou. Sou de Salvador, trabalho como barraqueira há 12 anos e minha experiência aqui foi zero. Todo mundo precisa trabalhar, mas é preciso organizar melhor”, declarou.
Noélia Alves que é ambulante de Santo Amaro, chegou a Micareta na quinta-feira e avaliou que fez boas vendas. Ela também elogiou o policiamento durante a festa.
“Não tenho o que reclamar. O pessoal consumiu bem. Vendi mais cerveja. Foi minha primeira vez e com fé em Deus em 2024 estarei de volta”, encerrou.
A vendedora ambulante Maria da Conceição de Amélia Rodrigues disse que faturou bem na Micareta, conseguiu vender bem todas as marcas de cerveja e para ela, isso facilitou para lucrar.
“Deu pra levar meus R$1.500 para casa. Eu vim trabalhar sozinha, tirei meu dinheirinho, comia por aqui mesmo minha quentinha, meu feijão, por R$12. Eu gostei que liberou para vender todo tipo de cerveja e deu pra lucrar”, comentou.
Rosa Lúcia Silva, ambulante de Feira de Santana reclamou da organização do cadastramento dos ambulantes que foi feito pela internet. Segundo ela, muitos pessoas ficaram de fora.
“Mas, trabalhei tranquila, não tenho o reclamar. Esperava de ser melhor. Trabalhei com cerveja, refrigerante, água mineral, ganhei meu dinheirinho e gastei por aqui também”, concluiu.
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