Laiane Cruz
Uma intervenção musical foi realizada, na manhã desta quinta-feira (27), no Centro de Apoio e Diagnóstico do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana. A Ação foi desenvolvida pelo Grupo de Trabalho Humanizado do hospital em parceria com o grupo musical Curarte.
De acordo com a coordenadora do Grupo de Trabalho Humanizado do Clériston, Ayrani Cerqueira, o grupo Curarte mensalmente e de forma voluntária realiza a ação, a fim de levar acalanto, alegria, atenção e amor para os pacientes internados e também para os funcionários. Ela falou também sobre a atuação do Grupo de Trabalho na unidade hospitalar.
“O Grupo de Trabalho Humanizado é formado por funcionários do HGCA e, de forma voluntária, tenta transformar o ambiente hospitalar em um local mais acolhedor. O que motivou a parceria com o grupo Curarte foi a necessidade de fazermos a nossa parte. Não adianta a gente ficar culpando o outro, cada um tem que fazer a sua obrigação, com a consciência de que é preciso transformar a vida do paciente”, afirmou Ayrani Cerqueira.
Ela ressalta que ao ouvir as canções, os pacientes apresentam reações diversas como recordações de infância, de tempos felizes que já viveram e reacendem dentro deles a esperança da cura.
O Curarte é composto por artistas e músicos de Feira que buscam dar a sua contribuição para a sociedade. E, conforme a cantora de MPB Kareen Mendes, a música traz paz, alegria, e todo mundo se sente bem quando ouve.
“Os especialistas garantem que acontece uma revolução no nosso cérebro quando a gente ouve música. Isso interfere em todos os nossos processos físicos, e isso ajuda, inclusive, a curar. Já tem vários estudos sobre a musicoterapia, que de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), está dentro das terapias alternativas oferecidas pelo SUS. Então o nosso trabalho aqui é voluntário e tem a intenção de levar bem-estar e auxiliar nos tratamentos que os pacientes recebem no Clériston”, explicou.
Kareen Mendes contou que o grupo surgiu há pouco mais de um ano, após ela fazer uma chamada na rede social pra outros artistas que quisessem se juntar ao trabalho. “Vários artistas da cidade se agregaram ao grupo e estamos há um ano e meio já nos apresentando no Clériston Andrade, no Hospital Estadual da Criança e nas Upas.”
A cantora lembrou ainda o caso de uma paciente idosa, que ficava no setor de tratamento semi-intensivo e só se comunicava quando recebia a visita do grupo de música. “De acordo com os enfermeiros que acompanham o nosso trabalho, durante todo o mês ela não tinha reação nenhuma e só reagia quando a gente ia ao quarto dela cantar. Então ela sorria, chorava às vezes, e se comunicava só no dia que a gente fazia a intervenção.”
Com informações e fotos do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.