Ney Silva e Rachel Pinto
Um grupo de vinte comerciantes que todos os anos comercializam os seus produtos no Arraiá do Comércio e que são da zona urbana de Feira de Santana, reclamam que foram excluídos pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), instituição que realiza o evento. Os comerciantes relataram ao Acorda Cidade que já estavam programados para participar do Arraiá do Comércio, com todos os produtos organizados e ficaram surpresos com a decisão do Sesc.
A comerciante Patrícia Rosa, explicou que desde o mês de maio se inscreveu para participar do Arraiá do Comércio. De acordo com ela, no dia (23) o Sesc comunicou sobre quem ficaria de fora e os comerciantes que foram excluídos ficaram muito preocupados com o prejuízo que poderiam ter. Ela disse ainda que após a notícia do Sesc, os comerciantes solicitaram da prefeitura outro espaço para que comercializem seus produtos.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Eu já participava do Arraiá do Comércio 19 anos. Vinte famílias ficaram de fora e agora estamos tentando um espaço no estacionamento da prefeitura para não ficarmos no prejuízo”, afirmou.
A comerciante Valnísia Soares também estava preocupada com a situação. Desde janeiro ela produz licor e outros produtos para comercializar no evento, Ela frisou que investiu com a expectativa de fazer boas vendas.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“No dia 23 de maio eu fui ao Sesc e quando cheguei lá eu vi estava fora eu e 19 colegas, ou seja, 20 pessoas. Desde janeiro eu estava me organizando. A gente espera o ano inteiro por essa festa e fomos excluídos porque deixaram só pessoas da zona rural. Quem mora na zona urbana ficou sem espaço para trabalhar. Agora vamos tentar com o prefeito uma solução”, disse.
A coordenadora do Serviço Social do Comércio, Ana Silmara relatou o motivo que os comerciantes foram excluídos do evento. De acordo com ela, o Arraiá do Comércio esse ano passou por algumas mudanças, ente elas, a mudança de espaço. Essa situação fez com que a festa precisasse ser reconfigurada e houvesse a redução do número de tabuleiros.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Tínhamos no total 70 tabuleiros, para comercialização de produtos típicos, sendo que desses 70, 50 eram tabuleiros de licor e com essa nova organização não temos espaço físico para comportar os 70 tabuleiros. Aí realizamos uma reunião no mês de abril, convocamos todos os produtores que comercializam no Arraiá do Comércio e informamos que esse ano nós iriamos necessitar reduzir a quantidade de tabuleiros. Foi aberto o processo de inscrição para esses produtores com algumas documentações exigidas. Foi informado também que teriam prioridade os produtores rurais e então algumas pessoas ficaram de fora por não atender aos critérios. Ficamos sentidos com a situação, mas nesse novo formato, realmente não tínhamos condição de atender a todos os tabuleiros como anteriormente”, relatou.