Rachel Pinto
Os vigilantes terceirizados da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que paralisaram as atividades na manhã desta quarta-feira (13) não aceitaram a negociação com a universidade para a realização do pagamento direto em conta e esperam que até sexta-feira a empresa terceirizada responsável pela contratação resolva as suas pendências com relação a documentação e pague os salários atrasados.
Segundo Wilson Pereira dos Santos, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Feira de Santana e região, os trabalhadores não aceitaram o pagamento diretamente da Uefs porque o recurso só pode ser repassado para uma conta corrente nominal a cada trabalhador.
“Os trabalhadores decidiram continuar a paralisação até ter uma solução definitiva. Existe uma situação de pagamentos atrasados do mês de fevereiro e também sem o ticket alimentação e o vale-transporte. A empresa disse que não tem condições de pagar na data e não tem condições de pagar os encargos. Se a empresa mandar até hoje a documentação dos trabalhadores para a Uefs e resolver a questão dos encargos até segunda-feira deve ser resolvida essa situação. Mas, se a empresa não resolver isso, o pagamento só vai entrar daqui há oito dias. Vamos aguardar a empresa resolver até sexta-feira ”, afirmou.
O reitor da Uefs, Evandro Nascimento declarou que a universidade fez a proposta de pagar os salários direto em conta, mas os trabalhadores não aceitaram porque o estado prevê o critério técnico de que os salários tenham que ser pagos em uma conta corrente nominal aos trabalhadores e eles não têm interesse nessa modalidade. Ele frisou que a Uefs está cumprindo com todas as obrigações com a empresa, mas só pode fazer o repasse do recurso para a empresa se ela apresentar algumas certidões dos funcionários referentes a quitação de encargos trabalhistas dos meses anteriores.
“Se empresa não apresenta esses documentos, não podemos fazer o repasse. A paralisação afeta nossas atividades administrativas que estariam em curso e as aulas que começam nos próximos dias. Vamos acompanhar a situação para ver qual a saída para esse impasse”, concluiu.
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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.