Laiane Cruz
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A Divisão de Vigilância Sanitária de Feira de Santana (DIVISA) deu início na última segunda-feira (18) a uma fiscalização nos supermecados da cidade, a fim de cumprir a norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que determina a suspensão da venda de bebidas de soja da marca Ades, para todos os sabores, principalmente o sabor maçã, do lote com iniciais AGB, produzido em Pouso Alegre (MG).
A coordenadora da Vigilância em Feira, Késsia Carneiro, afirmou que a restrição saiu no Diário Oficial da União e a DIVISA foi notificada. Desse modo, todos os supermercados serão visitados e terão os produtos, que pertencem ao lote, apreendidos, pois suspeita-se que contenham soda caustica, o que pode causar queimaduras nos consumidores.
Ainda de acordo com Kérssia Carneiro, a população deve estar atenta e evitar consumir os produtos Ades, até que a Anvisa finalize as investigações e dê o parecer final.
A empresa Unilever, que fabrica os sucos Ades, foi proibida de fabricar, distribuir e comercializar o produto em todo o Brasil. Segundo a Anvisa, há forte suspeita de que os produtos não atendem às exigências legais e regulamentares da agência.
Fazem parte da proibição os sucos em embalagens de 1 litro sabor abacaxi, cereais com mel, chá verde com tangerina, chá verde com limão, choclate clássico, chocolate com coco, frapê de coco, laranja, maçã, manga, maracujá, melão, morango, original, pêssego, shake morango, uva, vitamina banana, zero frapê de coco, zero laranja, zero maçã, zero original, zero pêssego, zero vitamina banana, zero uva; embalagens de 1 litro promocional (pague 900 ml, leve 1 l) sabores laranja, uva e maçã; embalagens de 1,5 litro sabores maçã, uva, laranja e original.
Contaminação
Na semana passada, a empresa divulgou um comunicado, em sua página no Facebook, que unidades do lote de iniciais AGB, da bebida Ades de 1,5 litro de sabor maçã foram envazados com produtos de limpeza e, portanto, são impróprios para o consumo. A empresa relatou que recolheu 36 caixas das 96 contaminadas.
De acordo com o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Amaury Oliva, até o momento, a Unilever está cumprindo todos os deveres previstos no Código de Defesa do Consumidor, mas ressaltou que o consumidor poderá recorrer à Justiça no caso de danos pessoais.
O ministério continuará monitorando o recall e apurando as responsabilidades da empresa. E, caso seja comprovado que houve negligência na manipulação dos produtos, a empresa poderá sofrer uma multa de R$ 6 milhões por contaminação.
Com informações do repórter Ney Silva.
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