Feira de Santana

Vídeo que circula nas redes sociais não é de onça-pintada morta no Rio Jacuípe, afirma chefe de Educação Ambiental

O chefe de Educação Ambiental ainda informou à reportagem do Acorda Cidade que a Semman tem recebido diversas informações sobre aparecimentos de animais na cidade.

Gabriel Gonçalves

Está circulando nas redes sociais um vídeo em que mostra um animal morto próximo às margens de um rio. No vídeo, é possível ouvir uma mulher informando que se trata de uma Onça-Pintada morta no Rio Jacuípe.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o chefe de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semman), João Dias, informou que o animal se trata uma Jaguatirica e explicou que o município de Feira de Santana não é predominante para ter espécies de onças-pintadas.

"A Semman ficou sabendo dessa suposta morte da onça-pintada através da imprensa e por meio deste vídeo, só que no vídeo diz que houve essa morte da Onça no rio, porém, o vídeo não esclarece em que parte do rio foi constatada essa morte. Nosso município tem três distritos banhados pelo Rio Jacuípe, como Maria Quitéria, Jaguara e João Durval Carneiro, e eu chequei com os pescadores e eles não possuem conhecimento. Um outro fator que a gente deve levar em consideração é que nosso bioma e em nossa região, não existem onças-pintadas, a menos que ela tenha escapulido de algum caminhão, mesmo assim, nem o Inema nem a Semman foram informados que escapou este animal. Se fosse uma Sussuarana que é uma Onça que pode ter, a gente poderia ainda acreditar que isso aconteceu, mas é muito difícil que esse vídeo tenha acontecido nas margens do Rio Jacuípe. O animal que aparenta ser é uma Jaguatirica, um felino que existe ainda em nossa região, é da nossa região, porém ela foi muito caçada por conta da pele que é muito valiosa, então hoje ainda existe, mas são poucas espécies e pelo vídeo, demonstra que pelo porte não é de onça-pintada", explicou.

Ainda de acordo com João Dias, caso as pessoas encontrem animais silvestres no meio da mata, a indicação é não maltratar.

"O correto quando encontrar um animal como este, caso seja um local que não tenha riscos, é deixar lá, como é um animal silvestre, não se deve prender sem autorização do órgão ambiental. E os órgãos são chamados em caso do animal apresentar alguma doença, caso ele esteja saudável, ele fica onde ele está, e caso esteja próximo ao rio, é porque precisa beber água, se alimentar através dos peixes, então ele se aproxima dos mananciais, por isso não é necessário matar o animal, nem prender", explicou.

O chefe de Educação Ambiental ainda informou à reportagem do Acorda Cidade que a Semman tem recebido diversas informações sobre aparecimentos de animais na cidade.

"Estamos com um problema muito grande de aparecimento de muitos animais em residenciais, estes bairros planejados, como exemplo de uma cutia que apareceu na Cidade Nova, um gambá, inclusive na Kalilândia foram encontrados dois gaviões que estavam atacando os pedestres e isso está acontecendo em virtude da urbanização acelerada e nós temos que ter áreas para estes animais", concluiu.

 

Com informações da produtora Maylla Nunes do Acorda Cidade

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