Danillo Freitas
A Comissão de Urbanismo, Infraestrutura Municipal, Agricultura e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Feira de Santana realizou, nesta sexta-feira (14), mais uma audiência pública para discutir a Micareta. Dos 21 vereadores da Casa Legislativa, apenas Evaldo Lima (PP), Eli Ribeiro (PRB), Correia Zezito (PTB), Beldes Ramos (PT) e Ronny Miranda (PSDB) estiveram presentes, além da vereadora Eremita Mota (PDT), que presidiu a sessão.
Poucas pessoas comparecem para discutir o tema. O presidente da Associação Comercial de Feira de Santana, Marcelo Alexandrino, considerou como lamentável a ausência de outros setores da sociedade. Ele disse ainda que a mudança da festa da Avenida Presidente Dutra para Nóide Cerqueira deve ser pensada. “Defendemos um estudo para que isso ocorra. Hoje, o local onde a festa é realizada é uma artéria comercial muito forte de nossa cidade e aquelas empresas ficarem fechadas por 15 ou 20 dias. Isso é inadmissível”, afirmou.
Na pauta da audiência pública foram debatidos além da mudança de local da festa, a divulgação na mídia nacional e o fechamento do comércio para início dos desfiles das atrações. Entretanto uma denúncia inflamou as discussões. O representante da associação de bandas de Feira de Santana, Jesiel Santos, afirmou que vereadores manipulam a grade de atrações da Micareta. “Eu queria pedir a vocês, vereadores, que tem costume de levar pedidos de bandas para a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), por favor, parem. É o povo que tem que fazer essa escolha. Vocês não podem fazer essas manipulações”.
O vereador Ronny Miranda (PSDB), disse que poderia abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar as denúncias. “Se realmente estiver acontecendo, está errado e vamos tomar as providências cabíveis”.
O diretor de eventos da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, Naron Vasconcelos, disse que apesar de ainda não existir nenhum resultado da audiência, o encontro foi positivo. Sobre a denúncia de manipulação das atrações da festa, Vasconcelos disse que essa situação não compromete. “Algumas pessoas acham que os vereadores não têm o direito para tal, me abstenho de dizer se isso é positivo ou negativo, cabe ao prefeito José Ronaldo fazer essa avaliação”, disse.