Maylla Nunes
Vereadores de Feira de Santana manifestaram descontentamento em relação ao reajuste do valor a ser pago pelo condomínio do Shopping Popular Cidade das Compras. Eles consideram o valor cobrado pelo consórcio indevido, uma vez que o valor determinado foi de R$ 28. De acordo com Roberto Tourinho (PSB), as taxas foram publicadas no Diário Oficial do município e o valor deveria ser seguido conforme publicação.
“Se o governo publicou no Diário Oficial o valor de R$ 28 por metro quadrado, o Shopping jamais deveria, por conta própria, estipular o valor de R$ 40. Ele (presidente Elias Tergilene) não é proprietário. Ele está sendo responsável pela administração deste consórcio. Mas, em uma cidade em que todo mundo manda, naquela expressão popular ‘casa de mãe Joana’, é o que nós estamos observando”, disse.
Esta mudança também deixou o vereador Marcos Lima (PRP) insatisfeito. Para ele, o valor seria determinado de acordo com a prefeitura municipal.
“Fiquei sabendo desses valores que estavam sendo cobrados pela empresa que presta serviço. Ficamos assustados, porque isso não pode acontecer. O governo municipal fez um decreto onde determina valores a serem pagos e esses valores são os que valem em Feira de Santana. Foi assinado pelo prefeito Colbert e de maneira nenhuma a empresa, poderá cobrar qualquer outro valor. As pessoas devem na justiça e buscar seus direitos contra danos morais e danos materiais.
Segundo o vereador Luiz da Feira (PPL), alguns comerciantes do empreendimento estão sentindo dificuldades para se manter no local.
“Felizmente o nosso prefeito e o secretário decidiram que seria R$ 28 o metro quadrado da taxa de condomínio. Inclusive, o prefeito deu entrevistas em várias rádios e sites. Todos estão pagando R$ 40 e se por acaso não pagarem, têm o risco de serem despejados. Tem pessoas que não estão vendendo nada e vão fazer o que? Contratei um advogado pela associação para resolver essa situação, pois, quem manda é o gestor e não o empresário e os camelôs não podem pagar um valor alto como esse”, frisou.
O que diz o presidente do Shopping Popular
Em resposta à Câmara Municipal, o empresário e presidente do Consórcio Shopping Popular, Elias Tergilene, disse que este valor de R$40, já estava previsto para este ano. Ele informou ainda que o valor foi definido a partir das despesas do empreendimento.
“Primeiramente, vamos explicar que não é taxa, é condomínio. Quem mora em apartamento, sabe muito bem como funciona, tem o porteiro, tem a pessoa que cuida do jardim, tem a conta de energia que é da Coelba, tem a conta da água que é da Embasa. Aqui no Shopping Popular também é a mesma coisa, nós temos a conta de luz, tem a segurança que está aqui pra receber os clientes e os camelôs, tem o pessoal que limpa o Shopping Popular e tem os banheiros. Todas essas despesas constituem um condomínio e esse rateio de despesas consiste em R$40 por metro quadrado. Já foi assinado há vários meses atrás, que a previsão era R$40. A título de incentivo por causa da pandemia, nós fizemos o primeiro mês por R$28. A partir de setembro e outubro, ao invés de pagar R$28, eles não pagaram nada, ou seja, a informação é mentirosa, a gente tem que partir de uma informação fidedigna e verdadeira, quem tá dando informação de que era R$28e passou para R$40 não está falando a verdade”, concluiu.