Feira de Santana

Vereador denuncia que consórcio do Shopping Popular não realizou pagamento de prestador de serviço

O presidente do Shopping Popular alega que o prestador de serviço está fazendo chantagem e o pagamento só acontecerá após auditoria.

Rachel Pinto

O vereador Luiz da Feira denunciou na Tribuna da Câmara de Vereador de Feira de Santana que o Shopping Popular, que está sendo construído no Centro de Abastecimento, não está pagando alguns fornecedores. Ele informou que um prestador de serviço responsável por maquinários relatou que o consórcio tem uma dívida com ele de aproximadamente 11 mil reais.

Segundo Luiz da Feira, o prestador frisou que há 60 dias tenta receber o pagamento e não tem sucesso.

“O consórcio disse que ia pagar os maquinários oito dias após o término do serviço. Nisso, já tem 60 dias que o empresário tenta receber e ficam jogando para um e para outro. Tivemos um projeto de 13 milhões assinado para o Shopping Popular e estamos em uma situação dessa que chega ao ponto do empresário de construção civil ficar atrás para receber. Isso é uma vergonha. Peço ao prefeito para analisar a situação. Se o consórcio está fazendo isso com os empresários imagine como será com os camelôs? Como é que a prefeitura dá credibilidade para um homem desse? Temos ainda a informação de que um grupo de chineses está comprando os boxes e nós não vamos aceitar pois o Shopping Popular é do camelô”, disse Luiz da Feira.

Presidente do Consórcio Feira Popular diz que foi vítima de chantagem por prestador de serviço

O presidente do Consórcio Feira Popular, Elias Tergilene, alegou que está sendo vítima de chantagem por um prestador se serviço que vem questionando a demora no pagamento de serviços realizados. Ele informou que só irá fazer os pagamentos quando houver uma auditoria do serviço que foi feito.

“Só para esclarecer a fala do prestador de serviço. Ele tem uma retroescavadeira que presta serviços a obra há um ano e meio. Estava tudo pago e agora quando nós solicitamos o encerramento do contrato dele,ele mandou uma planilha de medição de horas. Ao constatar a planilha verificamos que que a máquina ficou muitas horas paradas.Quando falamos que pagamos por hora e que iríamos descontar as horas paradas ele começou a nos chantagear. Ameaçou os funcionários e disse que ia colocar uma máquina em cima do piso. Disse que ia quebrar tudo e eu informei que a medição dele será auditada”, explicou.

Elias relatou ainda que o Tribunal de Contas esteve olhando toda a obra do Shopping Popular e que o consórcio não irá fazer nenhum pagamento que tiver dúvidas.

“Na hora que a auditoria me der o parecer que eu posso pagar com o número de horas corretas ele vai receber. Se o contrato não tivesse dado problema, já teria recebido como todo mundo recebeu. Um obra de 60 milhões não faz sentido uma retroescavadeira ficar sem receber. Chamamos a Superintendência Municipal de Trânsito e fizemos o boletim de ocorrência pedindo para que ele retirasse a máquina”, destacou.

Cidade das Compras deve ser entregue em novembro

A Cidade das Compras, local onde funcionará o Shopping Popular e para onde serão transferidos 1800 vendedores ambulantes que hoje trabalham no centro da cidade deverá ser inaugurada em novembro. De acordo com o presidente do consórcio, Elias Tergilene, o a obra está em fase final de instalação dos boxes e esteiras rolantes.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

"Os portões estão abertos e quem quiser pode ir visitar e conferir. Em dez dias começamos a instalar os boxes e a obra está toda limpa. Em novembro já é possível fazer a remoção dos ambulantes, caso seja de interesse da prefeitura. Vamos analisar juntamente com os camelôs qual será a melhor data”, salientou.
Shopping Popular terá creche e base da PM", acrescentou.

Elias Tergilene afirmou que o empreendimento contará com uma creche voltada para atender aproximadamente cem crianças, filhos dos camelôs e também uma base da Polícia Militar com o objetivo de fortalecer a segurança no local. De acordo com ele, a construção desses equipamentos não estava prevista no contrato, mas o consórcio achou importante oferecer esse suporte e realizar também a sua parte de responsabilidade social.

“Estamos doando uma creche para a Cidade das Compras, para as mulheres empreendedoras, nós com o dinheiro da Fundação que funcionará dentro do Shopping Popular. Uma creche para as crianças e assim as mulheres vão poder trabalhar, deixar seu filho ali do lado e ter todo o tratamento que uma criança deve ter. Nos orgulhamos de fazer isso e cumprir a nossa responsabilidade social. Vamos doar um batalhão para a Polícia Militar. O coronel já esteve lá. Vamos cumprir além do contrato”, finalizou.


Com informações dos repórteres Ney Silva e Paulo José do Acorda Cidade.

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