Aproveitando o clima da Copa do Mundo e a grande procura por camisas da Seleção Brasileira, muitos trabalhadores autônomos de Feira de Santana e até mesmo aqueles que trabalham com carteira assinada resolveram ganhar um dinheiro extra, comercializando o produto e fogos de artifício.
E nesta segunda-feira (5), quem não comprou ainda o traje para assistir ao jogo do Brasil contra a Coreia do Sul, às 16h, pode aproveitar para adquirir os itens para si ou toda a família, em diversos pontos do centro comercial e nas principais avenidas da cidade.
Trabalhando como serviços gerais em uma empresa, Silvia dos Santos começou vendendo fogos logo no início do mundial, em uma banca embaixo do viaduto da Avenida Getúlio Vargas com a João Durval. Logo depois, aconselhada por um amigo, decidiu comprar algumas camisas da seleção, e para sua surpresa, as vendas ‘bombaram’ de imediato.
“O preço das coisas subiu muito e é uma forma de estar ajudando nas contas. No primeiro jogo do Brasil na Copa investi 600 reais e em menos de uma hora vendi 40 camisas, e continuei investindo. Nessa brincadeira eu já vendi mais de 400 camisas. Eu compro a 15 e vendo a 25. Muita gente acha que está caro, outros acham que está barato, porque encontrou o mesmo material de R$ 70. Eu pego em loja em quantidade. Antes eu só vendia fogos, como track, bombas, mas está saindo bem menos, vendo mais camisas”, revelou.
Já há 3 semanas com a banca, a trabalhadora torce para que tudo dê certo e o Brasil continue avançando na competição.
“6h ou 6h30 já estou aqui. Ainda me encontro surpresa, porque eu não achava que iria ter todas essas vendas, mas principalmente em dias de jogos, como na última sexta-feira eu cheguei com 60 camisas, não deu conta, comprei mais 80 e saíram todas. E o Brasil ainda vai lá e perde, mas o brasileiro é forte e não desiste não”, afirmou.
Em outro ponto da cidade, na Avenida Fraga Maia, os clientes também não param de chegar no espaço montado pelo motorista Hipólito Souza Ferreira, 54 anos.
Devido a problemas de saúde, ele está há um bom tempo desempregado. Confiante nas vendas, encheu o Fiat Uno com camisas da Seleção e desde que começou a vender as mercadorias não se decepcionou.
“Comecei a vender no início da Copa, investindo R$ 700. Desse valor já deu pra tirar e mais um pouco. Investi novamente, e fui sempre vendendo e investindo. Compro em atacado. Aqui os valores são entre R$ 35 e R$ 50.”
Na banca de Hipólito Ferreira, a camisa amarela ou azul masculina adulto, por exemplo, custa R$ 50. Já a infantil custa entre R$ 30 e R$ 35, mas ele garante que se o cliente chorar um pouco acaba levando por R$ 25 para a criança. “Tem que ser maleável, e quem mais compra são as mulheres”, brincou.
Ele torce para que a Seleção continue avançando na Copa e chegue até a final.
“Se perder, as camisas vão ficar enfunadas que ninguém vai querer mais compra da Seleção. Mas estou confiante, o Brasil vai ganhar. Na sexta quem jogou foi o time reserva, hoje quem vai é o time titular e a Coreia não tem futebol para o Brasil”, apostou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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