Feira de Santana

Vendedores ambulantes organizam nova manifestação para esta terça-feira (27)

A categoria também terá uma audiência com o prefeito e a expectativa é poder chegar a um acordo.

Ney Silva e Rachel Pinto

Os vendedores ambulantes que realizaram manifestação pelas ruas de Feira de Santana e ocuparam a Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (26), para reivindicar sobre as altas taxas cobradas pelo Shopping Popular, realizarão uma nova manifestação na terça-feira (27). A categoria também terá uma audiência com o prefeito e a expectativa é poder chegar a um acordo.

A vendedora Ana Cristina Ferreira frisou que os camelôs não se opõem a ir para o Shopping Popular, mas reclamam sobre as altas taxas. Para ela, há muitas exigências que estão sendo impostas e que não se adequam à realidade dos trabalhadores.

“Aceitar a gente aceita, todos os camelôs aceitam ir para o Centro de Abastecimento. O problema não é ir, o problema é relacionado às taxas. Tem a digital de acesso aos boxes também. Se eu não puder abrir a minha barraca, a minha filha não pode abrir e eu não posso passar para um parente meu abrir estando doente, por exemplo. São muitas exigências. Os camelôs querem sair do centro da cidade, que realmente está uma bagunça, mas a questão é sobre as taxas e a maneira que o sorteio está sendo feito. Grandes empresários também estão indo para o Shopping Popular”, declarou.

O deputado federal Zé Neto esteve presente na manifestação. Ele frisou que o Shopping Popular precisa ser ocupado e é necessário que haja o entendimento entre a prefeitura e os vendedores ambulantes. Ele comentou que seu posicionamento sempre foi no sentido de organizar o Centro de Abastecimento e assim depois fossem feitos outros investimentos. Segundo ele, sua opinião foi vencida pela maioria dos vereadores de Feira de Santana.

“A câmara votou no projeto de construir uma Cidade das Compras, que é da forma que eles chamam. Eu continuei lá, dizendo que pelo menos preservassem a cultura, os artesãos. Isso foi para o Ministério Público (MP) e está lá sendo discutido para que eles sejam preservados. Os camelôs durante todo esse período eles não disseram que não construíssem, eles até concordaram, mas pediram que fossem levadas em consideração as condições para trabalhar. Com isso, está sendo construído. Não vou dizer que irá virar um elefante branco, vou dizer que ocupem, pois é bom para a cidade, para o comércio e pode ser bom para os camelôs. Não vou entrar nesse mérito, mas o que não pode é não atender as necessidades que tem os camelôs, olhando a vida real de quem está lá”, opinou o deputado.

Zé Neto frisou que o Shopping Popular foi construído em uma área pública e com 18 milhões do dinheiro público. Ele salientou que a contrapartida de quem construiu deve se adequar aos valores cobrados aos ambulantes.

“Eu acho que a prefeitura tem que ter nesse momento parcimônia e a Câmara de Vereadores tem a responsabilidade de sentar para resolver o problema”, acrescentou

Depois da manifestação um grupo de vendedores ambulantes e diretores da associação da categoria se reuniu com o chefe de gabinete da prefeitura, Mário Borges.

O diretor da Associação Feirense de Vendedores Ambulantes, Robinson Leite, informou que nesta terça-feira (27) haverá uma audiência da categoria com o prefeito Colbert Martins.

“Todos nós vamos acompanhar e aguardar o resultado da audiência com o prefeito. É um contrato que realmente veio para destruir o vendedor ambulante nesse centro comercial popular. É um contrato que só beneficia o empresário”, afirmou.

Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade

Também está prevista nesta terça-feira (27) uma nova manifestação e passeata pelas ruas da cidade feita pelos vendedores ambulantes.

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